quinta-feira, 23 de junho de 2011

Imunologia da Reprodução

Não tem como falar imunologia da reprodução no Brasil sem sem falar em Dr. Barini.

Dr. RICARDO BARINI,  fez especialização em Imunologia da Reprodução com Dr. Alan Beer entre 1991 e 1992. Introduziu, em 1993, o Tratamento Imunológico para Aborto Recorrente na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Departamento de Tocoginecologia, Faculdade de Ciências Médicas, onde é Professor Doutor na Disciplina de Obstetrícia. Mantém intensa atividade na assistência e investigação junto às pacientes com aborto recorrente, tanto na universidade como em sua clínica particular. Desde o início do seu trabalho, mais de 450 mulheres já se tornaram mães e mais de 650 casais receberam orientação diagnóstica e terapêutica.

As investigações demonstram que na gravidez normal um tipo especial de atividade imunológica se desenvolve na mulher,desligando a rejeição imune no seu útero. Isto impede a rejeição do feto e da placenta e auxilia o crescimento e desenvolvimento fetal. Se o sistema imunológico da mulher não compreende a mensagem e não protege o feto, camuflando-o, a gravidez não se desenvolve ou resulta em aborto. Esta falha em estabelecer a gravidez muitas vezes indica uma resposta autoimune ou uma alergia que a mulher desenvolve em relação ao feto ou às células da placenta. Esta alteração imunológica frequentemente se associa com complicações para o feto e a mãe se a gravidez transcorrer sem tratamento imunológico.
Nós vamos delinear um protocolo de tratamento que estimula a resposta imunológica apropriada na mulher, resultando em uma gravidez com sucesso na maioria das pacientes. Uma vez estabelecida a gestação, a paciente é acompanhada paralelamente por seu obstetra e nossa equipe.
Utilizando testes especiais é possível identificar casais que podem estar concebendo normalmente e abortando, bem como aqueles que concebem por meio da fertilização in vitro, mas não conseguem levar a gravidez adiante.
 Ainda que exista hoje um conhecimento consolidado sobre infertilidade e perdas gestacionais em casais que engravidam facilmente, mas vêm todas as suas gestações resultarem em abortos, as pesquisas ensinaram muito mais.
Há casais que formam um par inadequado do ponto de vista imunológico e produzem embriões que são interpretados pelo organismo da mulher como objetos estranhos ao seu corpo ou mesmo como células "cancerosas". Estes embriões são rechaçados e a cada nova tentativa de gravidez estas alterações são agravadas, fazendo com que o útero se comporte como uma "jaula de leões" e, portanto, cada gravidez resulte em aborto. Isto ocorre mesmo quando belos embriões são produzidos nos tubos de ensaio em fertilizações in vitro.

É importante você saber que o problema imunológico que torna inviável muitas gestações pode ser tratado com elevado índice de sucesso e que este tratamento é plenamente validado por renomadas instituições de pesquisa em todo o mundo. 

Categorias de Problemas Imunológicos.

Há cinco categorias de problemas imunológicos que podem causar aborto, falhas em reprodução assistida e infertilidade.

1. Categoria I. Casais compatíveis o HLA-DQ alfa. Isto resulta na falta de produção de anticorpos bloqueadores para a gravidez a evolução é o aborto. O tratamento para esta categoria é a Terapia com Imunização de Linfócitos (LIT).

2. Categoria II.
Anticorpos antifosfolipídicos. Estas são moléculas de adesão para a implantação e desenvolvimento da placenta. O tratamento para este problema é uso da aspirina infantil (81 a 100 mg por dia) começando no primeiro dia do ciclo concepcional e Heparina por injeção subcutânea na segunda metade do ciclo menstrual, aumentando a dose a partir do diagnóstico de gravidez, até um dia antes do parto. 

3. Categoria III.
Estas pacientes desenvolveram anticorpos contra o DNA ou produtos de degradação do DNA e isto se reflete na produção de um resultado de exame positivo para o Fator Anti-Núcleo (FAN). Geralmente o resultado tem padrão fragmentado. Nós também sugerimos para que estas mulheres sejam investigadas para DNA de dupla hélice, hélice simples, polinucleotídeos e histonas. O tratamento para esta condição é uma medicação chamada Prednisona, que é um esteróide. Deve ser iniciado no primeiro dia do ciclo concepcional na dose de 5mg duas vezes por dia e aumentado para 10 mg duas vezes ao dia com o resultado de um teste de gravidez positivo, mantendo-se a dose até a décima semana de gravidez.

4. Categoria IV.
Este grupo de pacientes produz anticorpos antiespermáticos ou contra o fosfolípide fosfatidiletanolamina. Esta mulheres necessitam inseminação intra-uterina. 

5. Categoria V.
Atividade NK elevada, determonada por dosagem de CD56+ e de CD19+5+. Estas pacientes necessitam de Imunização com Linfócitos Paternos (LIT) e/ou terapia pré concepcional com IgGIV. Os testes que definem esta categoria são:

A: imunofenótipo;
B: Teste de atividade NK;
C: Testes cutâneos para hormônios;
D: Anticorpos anti-hormonais e neurotransmissores; 

Se você já teve duas ou mais perdas gestacionais ou falhas em programas de reprodução assistida (fertilização in vitro com transferência de embriões) você possivelmente apresenta alterações imunológicas que podem ser responsáveis pela infertilidade. 

fontes: http://www.barini.med.br/

Um comentário:

  1. Boa Noite, estou sendo acompanhada pela Dra Bianca Selva no RJ, que é da equipe do Dr Barini aqui no RJ, pegarei o resultado dos exames em outubro.Perdi meu bebê aos 07 meses de gestaçao.Tive uma trombose pós parto mas ñ foi detectado tromboflia,mas por precauçao terei que tomar as injeçoes.

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