sábado, 12 de novembro de 2011

Contrações de treinamento ou de Braxton-Hicks

O que são as tais contrações falsas, de treinamento ou de Braxton-Hicks?

Lá pela metade de sua gravidez, às vezes até antes, você pode notar que os músculos do seu útero deixam sua barriga dura, o que dura de 30 a 60 segundos. Nem todas as mulheres sentem essas contrações, que surgem aleatoriamente e costumam ser indolores.

Elas recebem o nome de contrações de treinamento, contrações "falsas" ou contrações de Braxton-Hicks, em homenagem ao médico inglês John Braxton Hicks, que as descreveu pela primeira vez em 1872.

Os especialistas acreditam que elas sejam uma espécie de treino do corpo para o trabalho de parto. Alguns acham que elas colaboram para o processo de "apagamento" do colo do útero (que vai ficando mais fino) e para a dilatação.

As contrações de treinamento costumam ser sentidas a partir de 16 semanas, ou bem mais tarde. Mas também é normal não sentir essas contrações nenhuma vez.

Como vou saber a diferença entre as contrações de treinamento e as contrações de verdade?

A maioria das grávidas de primeira viagem faz essa pergunta, e a resposta mais adequada, a que recebem dos médicos e de quem já passou por isso, chega a dar raiva: "Você vai saber quando for trabalho de parto de verdade". Mas eles estão certos.

Veja as diferenças.

Contrações de treinamento
  • Acontecem só algumas vezes por dia, e não mais que duas vezes por hora.
  • Normalmente param quando você muda de atividade. Se você passou muito tempo sentada, levante-se e caminhe. Se ficou muito tempo de pé, sente-se ou deite-se.
  • São irregulares, não pegam ritmo. Ou, se pegam, é só por um período curto.
  • Não são muito compridas: duram menos de um minuto.
  • Não vão aumentando de intensidade.
  • Podem atingir só uma parte da barriga
  • Podem ser deflagradas pelos movimentos ou pela posição do bebê


Contrações do trabalho de parto
As contrações verdadeiras são:

  • Mais compridas: a barriga fica dura por mais tempo.
  • Mais regulares.
  • Mais doloridas.
  • Não param de vir. Cada uma que vem é mais forte que a outra, e o intervalo entre elas vai ficando cada vez menos.
  • Não melhoram se você mudar de atividade.
  • Atingem a barriga inteira e às vezes as costas
  • Não dependem da posição ou da movimentação do bebê


O ritmo é o mais importante, preste atenção nele. Sempre que perceber que está tendo várias contrações, marque o horário, para acompanhar o intervalo entre elas.

E se as contrações de Braxton Hicks começarem a doer?

À medida que sua gravidez avança, esse tipo de contração pode ficar mais intensa, e é possível que doa. Quando elas começarem a ficar mais fortes e frequentes, você pode até achar que o trabalho de parto começou para valer, mas o tempo passa e elas continuam irregulares em termos de intensidade, frequência e duração -- e podem até desaparecer completamente, levando você à loucura.

São os chamados alarmes falsos. Se você sentir que suas contrações estão diminuindo ou se espaçando, provavelmente elas não passaram de contrações de Braxton-Hicks (ou falso trabalho de parto).

Uma sugestão é usar as contrações de treinamento para praticar técnicas de respiração que vão ajudá-la no parto vaginal.

O que eu devo fazer para aliviar o desconforto das contrações falsas?

Muitas mulheres acabam notando que as contrações vêm com mais frequência quando elas fazem alguma atividade física, mesmo que seja tirar as compras do carro. Outras percebem que a bexiga cheia demais deflagra contrações de treinamento.

Se as contrações estiverem incomodando você, faça o seguinte:
  • Vá ao banheiro fazer xixi.
  • Mude de atividade. Se estava em pé, deite-se um pouco. Se ficou muito tempo sentada, levante-se e dê uma caminhada.
  • Tome um copo d'água.
  • Se ainda assim não melhorar, você pode tomar um banho morno.

Quando devo me preocupar com as contrações?

Procure atendimento médico se:

Para quem está com menos de 37 semanas
  • Se a contração for acompanhada de secreção vaginal parecida com água ou sangue. Podem ser sintomas de rompimento da bolsa ou de problemas com a placenta.
  • Se sentir mais de três ou quatro contrações em uma hora, ou se elas estiverem vindo em intervalos regulares. Pode ser sinal de trabalho de parto prematuro.


Para quem está com 37 semanas ou mais
Você só precisa procurar o médico quando suas contrações durarem cerca de 60 segundos cada uma e acontecerem a um intervalo de cinco em cinco minutos, tirando as mulheres com histórico de parto rápido ou que morem muito longe do hospital. Nesses casos, é melhor procurar orientação se as contrações estiverem regulares, independentemente do intervalo.

A produção de leite materno

Você, sem dúvida nenhuma, já percebeu as grandes mudanças que ocorrem no seu corpo. Essas transformações físicas -- seios mais sensíveis, inchados e com mamilos mais escuros e aréolas maiores -- costumam ser um dos primeiros sinais de que você engravidou.

Especialistas acreditam que a mudança de cor do mamilo possa ajudar na amamentação, já que seria uma espécie de "jeitinho" da natureza para orientar melhor os recém-nascidos.

Outra alteração, o aparecimento de pequenas bolinhas ao redor da aréola do seio, também tem papel vital no ato de amamentar. Essas bolinhas produzem uma substância oleosa responsável por limpar, lubrificar e proteger o seio de infecções durante a amamentação.

Por dentro das suas mamas


Talvez mais impressionante até do que as transformações visíveis são as enormes mudanças que estão ocorrendo por dentro dos seus seios.

A placenta em desenvolvimento estimula a liberação dos hormônios estrogênio e progesterona, os quais, por sua vez, deflagram o complexo sistema biológico que torna a lactação possível.

diagram of milk production in the breastAntes da gestação, as mamas são formadas por uma combinação de tecidos, glândulas mamárias e gordura (a quantidade de tecido adiposo difere de mulher para mulher, daí a enorme variedade de tamanhos e formatos de seios).

O incrível é que seus seios já estavam se preparando para uma gravidez desde que você era um embrião de 6 semanas no útero de sua mãe. A criança já nasce com os principais ductos mamários -- uma rede que transporta o leite pelos seios -- formados.

As glândulas mamárias não dão sinal de vida até a puberdade, quando uma enxurrada do hormônio feminino estrogênio as faz crescer e inchar. Durante a gestação, essas glândulas trabalham a todo vapor.

No momento em que o bebê nasce, o tecido glandular de suas mamas já dobrou de tamanho, o que explica a mudança radical no número do sutiã!

Em meio às células adiposas e ao tecido glandular localiza-se uma rede de canais, chamados ductos. Os hormônios da gravidez fazem com que esses ductos aumentem de quantidade e tamanho e se dividam em canais menores perto da região peitoral. Na extremidade de cada um deles há uma aglomeração de pequenos sacos, semelhante a um cacho de uvas, conhecidos como alvéolos.

Um conjunto de alvéolos forma um lóbulo, e uma reunião de lóbulos é um lobo. Cada seio contém de 15 a 20 lobos.

O leite é produzido dentro dos alvéolos, os quais são rodeados por diminutos músculos que pressionam as glândulas e empurram o leite para os ductos. Os cerca de nove ductos lactíferos de cada seio são como canudos isolados que chegam à extremidade do mamilo, formando um "chuveirinho" que leva o leite para a boca do bebê.

O sistema de distribuição do leite fica completamente pronto já no segundo trimestre de gravidez, para que a mulher possa amamentar o bebê mesmo que ele seja prematuro.

A produção de leite aumenta quando o bebê nasce


Produção de leite e prolactina


A produção de leite em grande escala começa de 24 a 48 horas depois que você dá à luz. Esse período é cientificamente conhecido como lactogênese.

Após a retirada da placenta, os níveis dos hormônios estrogênio e progesterona começam a declinar. O hormônio prolactina, cuja quantidade vinha aumentando durante toda a gestação, é então liberado, para sinalizar ao corpo que é hora de produzir bastante leite.

Pesquisas indicam que a prolactina é também responsável por uma sensação maior de "maternidade", daí ter sido batizada por alguns especialistas de o hormônio do instinto materno. Em geral, o leite demora mais para "descer" no primeiro filho.

À medida que seu corpo se prepara para a lactação, ele libera mais sangue para a região dos alvéolos, deixando os seios firmes e cheios. Vasos sanguíneos meio inchados, combinados com a abundância de leite, podem deixar as mamas temporariamente doloridas, quentes e cheias demais, e provocar um ingurgitamento mamário, porém a própria amamentação ajudará a aliviar o desconforto inicial.

Primeiro desce o colostro


Nos primeiros dias de aleitamento, o bebê será alimentado por uma substância viscosa, meio transparente e rica em proteínas conhecida como colostro. É possível que nas últimas semanas de gestação você tenha notado o vazamento de gotas deste líquido esbranquiçado (para algumas mulheres isso já ocorre no segundo trimestre).

Esse precioso líquido é cheio de anticorpos chamados de imunoglobulinas, fortificantes naturais para o sistema imunológico do bebê. O leite materno se transforma no decorrer da amamentação a fim de suprir todas as necessidades da criança.

breastfeeding flow chartPara que o bebê possa mamar, é preciso que o leite "desça" dos alvéolos. O processo funciona assim: o bebê suga o mamilo, o que estimula a hipófise a liberar os hormônios ocitocina e prolactina para a corrente sanguínea. Ao alcançar seu seio, a ocitocina provoca a contração dos pequenos músculos ao redor dos alvéolos cheios de leite. O líquido passa então para os ductos, que o transportam para os ductos que ficam pouco abaixo da aréola do seio. Ao sugar, o bebê faz com que o leite dos ductos chegue à sua boca.

Nos primeiros dias de amamentação, talvez você sinta alguma contração no abdome, na forma de cólicas, bem na hora em que o bebê estiver mamando. A sensação sinaliza a liberação da ocitocina, que ajuda o útero a voltar ao tamanho normal (esse mesmo hormônio provocou a contração do útero durante o trabalho de parto).

Também pode ser que junto com a contração venha um fluxo vaginal mais intenso de sangue, portanto capriche no absorvente. Essas cólicas são mais intensas a partir do segundo filho, e em alguns lugares do Brasil são chamadas até de "dor de parto".

Um outro sinal é que você poderá se sentir calma, satisfeita e alegre ao amamentar. A ocitocina é, afinal, conhecida como o hormônio do amor!

Com o aumento do fluxo de leite, é possível que você também sinta formigamento, queimação ou ardor nos seios. É fundamental estar tranquila durante a amamentação para que o leite desça com facilidade.

Muitas mulheres comparam o aleitamento ao aprendizado de andar de bicicleta: pode ser complicado no começo, mas, quando você pega o jeito, fica parecendo impossível que um dia não tenho sabido fazer.

Lembre-se de investir no repouso e na hidratação, e não use sutiãs muito apertados, para que seu peito possa se encher de leite.

O que é o Sofrimento Fetal?

O sofrimento fetal é um problema causado pela falta de oxigénio no sangue do bebé, e que pode ocorrer durante ou antes do parto. Usualmente surge durante o parto, e é diagnosticado quando o ritmo cardíaco do bebé se torna instável. Se existir sofrimento fetal antes do parto, então a solução usualmente é o parto, dependendo sempre do estado de maturação do feto.

Muitos bebés têm de nascer através de cesariana, caso falhem o teste da vitalidade fetal. O teste da vitalidade fetal é recomendado a mães que tenham uma gravidez de risco, como diabetes, gravidez intra-uterina, entre outras. O teste envolve analisar o ritmo cardíaco do bebé em junção com a atividade uterina. Este teste é usualmente feito entre a 38º e a 42º semana de gestação, porém pode ser feito mais cedo, no início do 3º trimestre. O teste dará um resultado de reativo ou de não rectivo. Por vezes é necessário a mãe mexer-se ou comer algo para incentivar o bebé a mover-se e conseguir assim um resultado mais fiável.

O teste para avaliar o sofrimento fetal poderá ser feito: caso sinta que o bebé não se movimenta tão frequentemente como usualmente; caso o parto esteja atrasado, caso exista razão para suspeitar que a placenta não funciona adequadamente ou caso esteja em risco por alguma razão. Se existir alguma suspeita da sua parte, deve contatar o seu médico assistente para lhe fazer um teste de avaliação da vitalidade fetal.

Esse teste indicará se o bebé está a receber oxigénio suficiente devido a problemas do cordão umbilical ou da placenta, ou outro tipo de doença fetal.

Sintomas de sofrimento fetal

Se notar a diminuição dos movimentos comuns do feto é importante que saiba que isso pode significar que existe um problema.

Por vezes o decréscimo do movimento fetal surge devido ao bebé deixar de ter tanto espaço livre no útero, mas ter a certeza do porque é que isso aconteceu é sempre importante.

Durante o parto, o bebé é usualmente monitorizado através de um monitor fetal, que por vezes dá sinais que existe um problema, aumentos ou decréscimo do batimento cardíaco do bebé, ou um ritmo cardíaco incerto pode significar que existe um problema.

Quando o sangue do bebé é colhido durante o parto, através de uma amostra do escalpe do bebé, pode revelar se existem sinais bioquímicos de um problema. Dois problemas comuns são a acidose fetal e a acidose lacteal.

O méconio, caso exista no líquido amniótico também é uma preocupação.

Fazer a contagem dos “pontapés do bebé”

Poderá fazer a contagem dos “pontapés do bebé”. Contar os movimentos do bebé é algo fácil, que poderá fazer enquanto faz as suas atividades diárias. Isto significa que, se o bebé não fizer pelo menos 10 movimentos desde a altura da manhã em que você tomou o pequeno-almoço até ao meio da tarde (período de 4 a 6 horas), poderá estar a passar-se algo menos bom com ele. Se o bebé tiver feito 10 movimentos, então isso significa que não terá de contar mais até ao próximo dia. Este tipo de contagem é recomendado em caso de gravidez de risco ou de decrescimento do movimento fetal.

Tente marcar os movimentos fetais durante a altura do dia em que o bebé está mais activo, mas também numa altura em que possa registar os movimentos durante pelo menos 4 horas ou mais, caso isso seja necessário. É também indispensável registar os movimentos sempre a partir da mesma altura do dia.

Idealmente, antes de iniciar a contagem, deve comer algo , pois a ingestão de comida faz com que o bebé fique mais ativo. Em alternativa ou adicionalmente, pode dar um passeio, pois também ajuda o bebé a movimentar-se. Depois de uma visita ao chuveiro, deite-se preferencialmente para o seu lado esquerdo ou relaxe no sofá. Certifique-se que tem o relógio em vista e assente as horas em que sente os movimentos do bebé.

Preste atenção a cada movimento do bebé. Registre o número de minutos que dura o movimento e a hora em que foram feitos. Logo que o bebé fizer 10 movimentos, não é necessário contar mais.

Caso o bebé não tenha feito os 10 movimentos, deverá contactar o seu médico para ele fazer um teste que avalie se existe sofrimento fetal, verificando o ritmo cardíaco fetal e a atividade uterina. O que por vezes acontece é que algumas mães habituam-se aos movimentos do bebé e ficam sem os sentir durante algum tempo, estando o bebé perfeitamente bem.

Sofrimento fetal e as formas médicas de o detectar

  • Diminuição dos movimentos fetais (relevante apenas a partir das 35 semanas);
  • Diminuição da resposta fetal a estímulos como o som ou vibração;
  • Alterações do perfil biofísico (frequência cardíaca do feto em resposta aos seus próprios movimentos) e da circulação do sangue na placenta e no feto. Estas alterações podem ser verificadas através de uma ecografia.
  • Insuficiência na oxigenação cerebral devido ao seu posicionamento, problemas na placenta ou compressão do cordão umbilical, como a circular cervical (cordão umbilical enrolado no pescoço). A partir do 7º mês de gravidez, em casos de gravidez de risco, faz-se uma cardiotocografia (registo simultâneo da frequência cardíaca fetal e das contrações uterinas). Este exame/ registo pode indicar se o feto está a sofrer destes problemas.
  • Asfixia do bebé. Durante o trabalho de parto é possível verificar se existe asfixia do bebé através de uma colheita de sangue da pele da cabeça do bebé, que testa se existe uma diminuição pH do escalpe fetal.
  • Líquido amniótico com mecónio. O líquido deve ser claro podendo ser quase sem cor. Caso seja verde ou castanho-escuro (contendo mecónio) isto indica que o feto está com problemas. Porém, só é possível detectar depois da ruptura da bolsa de águas.
Um bom estado de oxigenação, e um comportamento normal do bebé em gestação são aparentemente bons indicadores. Porém, nem sempre os bons resultados de um exame dão origem a um bebé saudável, podendo existir complicações difíceis de detectar destas formas tais como o prolapso de cordão, descolagem da placenta ou a morte súbita fetal.

Movimentos Fetais

Há quem descreva os primeiros movimentos do bebé como um esvoaçar de borboleta, como um ligeiro borbulhar ou como um peixe a cirandar. Uma sensação tão suave como uma bola de sabão a rebentar na nossa pele. Há quem tenha dúvidas quanto à origem daquela sensação. Há quem desfaça a magia do momento avançando que podem ser, simplesmente, gazes. Como é possível? Uma coisa é certa. A primeira vez que o sentimos, sem margem de erro, a primeira vez que temos essa certeza absoluta, a primeira vez que ninguém pode desfazer o encantamento, dessa primeira vez, é tão comovente e arrebatador que é difícil descrever o que se sente. Frequentemente, essa primeira vez traduz-se num sorriso pregado na cara da grávida, alheado e levemente patético, que dura, dura, dura...

Os primeiros movimentos perceptíveis marcam o início de uma longa conversa entre mãe e bebé. Uma conversa que às vezes pode ser engraçada, quando a barriga começa a mexer-se sozinha e aí já toda a gente pode ver a força daquele bebé. Outras vezes pode ser dolorosa, quando os pés que deviam ser minúsculos e delicados parecem enormes e brutais, espetando-se nas costelas, ou comovente quando um pequeno pontapé surge como resposta a uma pergunta da mãe ou do pai. Cotoveladas, joelhadas, pontapés, esticões, festinhas interiores, soluços.

Os movimentos do bebé são o que de mais palpável temos dele antes do nascimento. Sim, porque a imagem da ecografia pode ser comovente, mas é muito mais distante - está ali no ecrã, passa depois para o papel -do que o que se sente por dentro da pele quando um filho por nascer se mexe dentro de nós. É indescritível como esses movimentos provocam sentimentos de proteção, de amor, de empatia.

Para além de pontapés, piruetas e outras acrobacias, é também possível sentir os soluços do bebé. E senti-lo a mexer-se como resposta a ruídos ou a situações de stress. Os seus movimentos são também uma maneira de começar a conhecê-lo.
Com a mão pousada sobre a barriga, também o pai, o irmão mais velho, os avós e os amigos vão poder sentir o bebé. Não há quem fique indiferente a esses movimentos, quem não queira testemunhá-los. Porque eles são a prova de que há vida para além da mãe.

É muito variável a idade gestacional que se começa a sentir o bebê, de mulher para mulher e de gravidez para gravidez, mas algures entre as 16 e as 22 semanas é quando é normal sentir os primeiros movimentos do bebé. É claro que ele já se mexe há muito tempo, desde as sete ou oito semanas de gestação, mas é tão pequenino e rodeado pelo líquido amniótico que é impossível senti-lo antes.
As mulheres mais magras têm tendência para sentir mais cedo do que aquelas que têm peso a mais.

Nas primeiras semanas de «pontapés», é muito irregular a frequência com que são sentidos. Num dia podem notar-se várias vezes e no outro nem uma única. Isto não quer dizer que o bebé tenha deixado de se mexer, mas simplesmente que os movimentos não são assim tão vigorosos que sejam sempre percebidos. No final do segundo trimestre, contudo, o bebé está maior e os seus movimentos começam a sentir-se de forma mais regular e frequente.

No último trimestre, convém prestar alguma atenção à sua regularidade e avisar o médico no caso de sentir um decréscimo significativo de movimentos.No final do tempo de gestação, é aconselhável verificar diariamente se o bebé está a movimentar-se normalmente.

Mesmo no final da gravidez, a partir das 38, 39 semanas, é normal notar uma redução nos movimentos, pois o bebé já tem muito pouco espaço. No entanto, mais do que nunca é conveniente estar atenta.

domingo, 6 de novembro de 2011

A Tão desejada barriga!

Está grávida, e certamente já está ansiosa para saber quando é que poderá mostrar a todos a sua bela barriguita de mãe. Contudo até lá ainda pode ser confundida com uma mulher simplesmente gordinha… mas quando é que realmente se começa a notar que está grávida?

A resposta a esta questão é: depende de pessoa para pessoa. Para uma grávida começar a ganhar barriga com um formato visível, depende de diversos fatores como o fato de ser a primeira gravidez, ou não, se costuma praticar muito  esporte, se sofre de obesidade, bem como do formato do corpo
.
Se é a primeira vez que está grávida e costuma praticar muito exercício a barriga poderá não se notar até às 20 semanas de gravidez, pois os músculos da barriga tendem a camuflar a gravidez. Porém, o surgimento tardio da barriga não depende só se é uma pessoa que pratica muito esporte, depende também do oposto: caso seja uma pessoa com peso superior ao recomendado poderá não se perceber que está grávida durante muito tempo, e se for considerada obesa, poderá não se perceber a gravidez até cerca dos 8 meses.

Contudo, para mães que já tenham tido filhos, a barriga evidente de grávida tende a surgir mais cedo, devido à dilatação sofrida pela gravidez anterior; neste caso a barriga poderá surgir entre as 12 e as 18 semanas de gravidez.

Mas a probabilidade é que esteja entre os casos mais comuns; e o mais comum é que a barriga comece a dar mostras de uma gravidez bem evidente, cerca das 20 semanas de gravidez.

Quando e como se sabe o sexo do bebê?

Se gosta de surpresas, o melhor é não colocar esta questão, e esperar pela surpresa do parto. Todavia, se está entre os 80% das pessoas que querem saber o sexo do bebé antes do parto, continue a ler.
Determinar o sexo do bebé durante a gravidez, pode ser feito através de uma simples ecografia de rotina, de um exame de determinação do sexo fetal, de um teste à urina, ou através de exames genéticos invasivos.

Ecografia

A ecografia não é tão fiável como um teste genético de determinação do sexo do bebé em gestação. Contudo a ecografia é mais acessível financeiramente do que outro teste. Usualmente por volta das 20 semanas faz-se uma ecografia morfológica, altura em que os órgãos genitais do bebé estão formados, mas o bebé terá de estar numa posição favorável para sepoder deslindar o seu sexo.

Exame de determinação do sexo fetal

O exame de determinação do sexo fetal prevê o sexo do bebé a partir das 8 semanas de gestação com 99.1% de fiabilidade. O exame de determinação do sexo fetal é feito através de uma picada no dedo e através dessa colheita de sangue materno é possível analisar o DNA do feto e determinar o seu sexo. O resultado é conhecido ao final de cinco dias. Este teste identifica a presença do cromossoma Y no sangue: se estiver grávida de um menino surgirão indícios do cromossoma Y, e a ausência do cromossoma Y indica a gestação de uma menina. Este teste pode ser realizado em qualquer idade gestacional, a partir da oitava semana de gravidez.

Teste da urina

É um teste bastante prático e pode-se encomendar online. É usualmente conhecido pela marca IntelliGender . A eficácia deste teste ronda os 80%, e pode ser feito a partir das 10 semanas, demorando uns módicos 10 minutos a revelar se o bebé é menina ou menino. Funciona à semelhança dos testes de gravidez, com uma recolha da primeira urina matinal, e o resultado é verde para menino e laranja para menina. É recomendado que a mulher não tenha relações sexuais 48 horas antes do teste, e é fiável até à 34ª semana de gestação. Note que o resultado deste teste não é fidedigno se estiver a tomar hormonas como a progesterona.

Exames genéticos invasivos

Existem exames genéticos como a amniocentese, em que a certeza do resultado do sexo do bebé é de praticamente 100%, pois é analisado material genético do bebé. Estes testes genéticos são invasivos, e por isso são apenas recomendados quando existe suspeita de haver problemas com o bebé. Associado a estes testes, devido a serem invasivos, existe 1% de risco de aborto, por isso numa opção normal não são aconselhados para saber o sexo do bebé.

O impacto de saber o sexo do bebé ainda em gestação pode ser muito variável, desde a opção de comprar freneticamente roupinhas de acordo com o sexo do bebé, ou por vezes em situações extremas, provocar um desligar emocional da gravidez devido a não ser o bebé que idealmente seria desejado. Se decidir saber o sexo do bebé antes do parto, certifique-se que está preparada para a pequena percentagem de erro que a maioria dos testes ou exames preveem, e que um quarto rosa pode ter de acolher um bebé vestido de azul.

Compreendendo as ecografias gestacionais

A ecografia na gravidez, também chamada de ultrassonografia ou ultrassom, é o primeiro contacto visual com o bebé, podendo contribuir para um despertar de um laço emocional ainda maior entre a mãe e o bebé. Para além disso é uma forma de verificar como a gravidez se está a desenvolver.

O que é e como funciona a ecografia?

A ecografia tradicional permite ver o bebé numa imagem a duas dimensões. A ecografia é um exame não-invasivo que usa ondas de som, e através do eco dessas ondas cria uma imagem do bebé, da placenta, do útero e de outros órgãos. É um exame muito importante para se conseguir obter informações indispensáveis sobre o progresso da gravidez e sobre a saúde do bebé.
Durante o teste, através de um transdutor, são enviadas ondas de som de alta frequência para o abdómen. Estas ondas “batem” no bebé fazendo um efeito de eco, e são enviadas para o computador, traduzindo-se numa imagem. O computador traduz os sons de eco, que são recebidos de volta, em imagens de vídeo, que revelam então o formato do bebé, a sua posição e movimentos.
Usualmente é colocado um gel sobre o abdómen, e depois um aparelho chamado transdutor é passado sobre esse gel, enviando ultrassons para o abdómen. Também existe o ultrassom intravaginal, usado no início da gravidez, até às 11 semanas, quando o feto ainda é muito pequeno para ser detetado de outra forma.
As ondas de ultrassom também são usadas no aparelho que os obstetras utilizam para ouvir os batimentos cardíacos do bebé.
As ecografias são feitas em diversos estágios da gravidez, por inúmeras razões. Numa gravidez sem problemas, usualmente são feitas entre 3 a 4 ecografias. Contudo, a altura das ecografias, e a quantidade de vezes que as fizer, dependerá da forma como a gravidez progride.

Primeira ecografia

É usualmente feita entre as 6 e as 13 semanas de gravidez. Dentro deste período surgirá especialmente mais cedo se existir um historial de perda gestacional, de hemorragias ou se fez um tratamento de fertilidade. Poderá ser usada uma sonda especial, que é colocada na vagina, pois o equipamento comum poderá, nesta fase mais prematura, não conseguir detetar o bebé.

Ecografia para datar o bebé

Este tipo de ecografia é feito entre as 13 e as 16 semanas e serve para datar a gravidez. Provavelmente fará uma ecografia pélvica, onde o transdutor será colocado sobre a pele, por cima da zona da pélvis. Deverá ser-lhe pedido para beber bastante água previamente, porque o útero é mais facilmente visível, quando a bexiga está cheia. A pessoa que estiver a realizar o exame, fará os comentários acerca do que está a ver, e fará imagens para tirar medidas do bebé, por isso esta é uma boa ocasião para levar para casa a primeira fotografia do seu pequenito.

Translucência nucal

Este exame é feito entre as 11 e as 14 semanas, e serve para predizer o risco do bebé sofrer de síndroma de Down. Este exame mede a quantidade de fluido acumulada na parte de trás da nuca do bebé, ou seja a espessura da prega da nuca, que, se estiver aumentada, pode indicar uma eventual síndroma de Down. O médico usará a medida feita pelo scan, a sua idade e um teste sanguíneo para medir o risco desta possibilidade. Se o risco for mais elevado que 1 em 300, poderá ter de fazer uma biopsia do vilo corial (as células são extraídas da placenta com uma agulha ultrafina) ou uma amniocentese (o fluido é extraído do saco amniótico à volta do bebé).

Ultrassom morfológico

Esta ecografia é feita à maioria das grávidas cerca das  20-24 semanas de gravidez para detetar possíveis anomalias no bebé. São medidas a circunferência da cabeça e do abdómen do bebé e o seu coração, cérebro, coluna vertebral e membros. Nesta altura também já poderá descobrir o sexo do bebé.

Depois das 20 semanas

Poderá ter de fazer ultrassons adicionais se tiver alguma complicação, tal como a placenta prévia. Se existir um historial de defeitos genéticos, como defeitos a nível do coração, poderá ter de fazer mais ecografias, ou no caso de ter uma gravidez múltipla. Cerca das 30-34 semanas de gravidez o obstetra poderá pedir-lhe para fazer uma ecografia tendo em vista a determinação da posição do bebé, a localização da placenta, o volume do líquido amniótico e a previsão do peso do bebé.

As ecografias são seguras?

Existem estudos feitos que comparam bebés que tenham passado por um ultrassom e outros que não o tenham feito, e aparentemente esses estudos concluem que os ultrassons são perfeitamente seguros.

Qual o futuro das ecografias?

Os novos ultrassons ou ecografias permitem uma imagem a 3D que deixa ver o bebé a 3 dimensões em vez das comuns 2. A imagem 3D é formada por uma composição de imagens bidimensionais. Estas imagens dão uma imagem clara dos contornos do bebé. Para já, os benefícios dos ultrassons em 3D (três dimensões) parecem ser limitados em relação ao comum ultrassom 2D. Poderão ser úteis para mostrar mais detalhes sobre alguma anormalidade já detetada. Também ajudam a diagnosticar problemas como o lábio leporino. O ultrassom 3D também pode ser útil para avaliar o coração e outros órgãos internos. A melhor altura para fazer um ultrassom em 3D é entre as 26 e 30 semanas de gravidez, pois antes o bebé não possui tecido adiposo suficiente para poder ser obtida uma boa imagem.

Devo ou não fazer uma ecografia?

As ecografias são importantes e muitas vezes vitais para se conseguir detetar anomalias ou problemas no bebé que poderão ser tratadas se detetadas atempadamente. Mas a realidade é que a maioria dos bebés está bem e não têm problema algum, sendo isto apenas um exame de rotina, fonte de alegria para qualquer mãe.

Placenta Prévia


A placenta prévia é uma compilação que surge quando a placenta está localizada na parte inferior do útero cobrindo-o total ou parcialmente. A partir das 30 semanas de gravidez pode surgir um grave problema: fortes hemorragias. Às 20 semanas de gravidez a ecografia pode mostrar uma placenta baixa, mas usualmente a placenta desloca-se para cima, mantendo a distância do colo do útero, deixando de ser um problema. No parto este problema também pode surgir, pois a placenta pode separar-se da parede do útero quando a cerviz começar a dilatar, dando origem à placenta prévia.

Tipos de placenta prévia

  • Prévia Completa: a cerviz está completamente coberta
  • Prévia Parcial: uma parte da cerviz está coberta pela placenta
  • Prévia Marginal : estende-se até às laterais da cerviz

Factores de risco

  • Uma placenta prévia anterior
  • Idade superior a 35
  • Anterior cirurgia uterina
  • Gravidez de gémeos
  • Um parto por cesariana anterior
  • Placenta maior que o normal como numa gestação múltipla

Sintomas

Os sinais e sintomas de uma placenta prévia podem variar, mas usualmente as grandes perdas sanguíneas vaginais recorrentes e indolores durante o terceiro trimestre da gravidez são os mais comuns; no entanto as contracções prematuras, o bebé em posição transversal, o tamanho do útero ser bem maior que o normal (de acordo com a idade gestacional) são outros sintomas que podem indicar esta complicação. Ainda não se sabe o porquê da placenta prévia surgir antes do parto. Quando surge no parto, é devido ao facto de a placenta estar situada acima do colo do útero que entra em dilatação, deslocando-se da parede uterina.

Diagnóstico

Se a sua ecografia do segundo trimestre indicar uma placenta prévia não fique preocupada, pois, à medida que a sua gravidez avançar a sua placenta provavelmente irá subir, deixando de ser um problema: à medida que o útero se expande a placenta tem tendência a subir para a parte superior do útero, pois é o local onde consegue obter mais fornecimento de sangue. Ainda que a placenta prévia seja detectada na fase final da gravidez, existe a hipótese dela subir, no entanto, quanto mais tarde surgir esta complicação, mais difícil é a placenta subir. Se for detectada placenta prévia na ecografia do segundo trimestre é comum fazer mais ecografias de rotina para verificar a deslocação da placenta.

Tratamento

Usualmente será aconselhada a descansar e a não ter relações sexuais, e normalmente é aconselhada uma cesariana.

Dependendo da fase da gestação, podem ser administradas injecções de esteróides para ajudar o bebé a desenvolver melhor os pulmões. Se existir uma grande hemorragia provocada por esta complicação, poderá ser necessária uma transfusão de sangue. Se a hemorragia vaginal não for controlada, terá de ser feita uma cesariana. Alguns tipos de placenta prévia marginal podem dar origem a um parto vaginal, no entanto uma placenta prévia ou parcial requer um parto por cesariana.

A Placenta

Quando se está grávida, pensar na placenta não é propriamente a primeira coisa que passa pela cabeça. Contudo se considerar que é a ligação física mais importante entre si e o seu bebé as coisas mudam de figura; esta ligação existe para que o seu bebé receba oxigénio e nutrientes de forma a ter um desenvolvimento saudável. É também uma ligação do bebé à corrente sanguínea da mãe, o que faz com que os rins maternos eliminem as suas impurezas.

Este órgão, que envolve o bebé, ajuda a protegê-lo de substâncias que podem ser nocivas, bem como de infecções. No geral, a placenta faz um trabalho razoável como filtro protector do bebé, mas a mãe tem também de fazer a sua parte do trabalho pois a placenta não é capaz de proteger o bebé de todas as substâncias nocivas com o álcool, drogas, tabaco, alguns componentes de medicamentos.

A placenta está ligada à parede do útero, e é basicamente formada pelas mesmas células que o bebé. O cordão umbilical forma-se no local da placenta que esteja mais próximo do bebé.

A placenta também tem outras funções na gravidez; produz hormonas que são essenciais para desencadear o trabalho de parto e o próprio parto.

No segundo trimestre da gravidez, os problemas mais comuns estão ligados à placenta. Por vezes surgem complicações; as mais comuns são a placenta prévia, deslocamento da placenta e retenção da placenta no parto; a placenta pode crescer mais do que o devido, não subir o suficiente ou provocar complicações durante o parto; pode ser demasiado fina, ou demasiado espessa, ou ligada anormalmente ao cordão umbilical. As infecções e coágulos sanguíneos da mãe também podem ser prejudiciais para a placenta.

A função da placenta termina depois do parto, sendo esta expulsa alguns minutos depois do mesmo. É importante que depois do parto a placenta seja examinada de forma a concluir que não ficaram resíduos da mesma dentro do corpo da mulher. Se o bebé nascer com alguma complicação como um crescimento retardado ou infecção, a placenta será enviada para um laboratório de análises de forma a ajudar a identificar o problema.