domingo, 9 de outubro de 2011

Como minimizar os enjôos na gravidez

A maioria das gestantes é afetada pela fase do enjoo e para tentar evitá-la recorre a inúmeras receitas. Mas cuidado, não vá fazer tudo que lhe mandam, essa é uma fase temporária.

O enjoo, infelizmente, mamãe, é o sintoma mais frequente da mulher grávida. Cerca de 70% das mulheres sentem enjoos no primeiro trimestre da gestação, principalmente no segundo e terceiro mês, podendo se prolongar em poucos casos.

Não há uma receita infalível que acabe com o enjoo. O que vale para uma mamãe pode não ter efeito nenhum para outra.

Há alguns fatores que podem ser a causa dos enjoos, mas não é nada comprovado. Uma das teorias são os níveis de hormônios que aumentam e se alteram no primeiro trimestre.

A progesterona, que é responsável por manter a gravidez, deixa o estômago mais preguiçoso, isto é, há uma lentidão no trato gastrointestinal. Portanto, o alimento demora a chegar ao intestino, provocando os enjoos eaté os vômitos.

Existem trabalhos que indicam que mulheres que têm altos níveis do hormônio gonadotropina coriônicas (hcg) são mais propensas a ter enjoos, como as mulheres grávidas de gêmeos. Mas ainda não existe relação consistente entre algum nível de hCG e enjoo, pois duas mulheres com o mesmo nível de hCG podem apresentar sintomas diferentes. Coisas da natureza.

Geralmente os enjoos aparecem na parte da manhã. Ou as futuras mamães já acordam enjoadas e ou enjoam assim que levantam. Por isso os enjoos são chamados de enjoos matinais. Isso não é regra, os enjoos podem aparecer também à tarde e à noite.

Na grande maioria dos casos, as mamães conseguem contornar esses enjoos em casa mesmo. Raros os casos de mamães que perdem muito peso, ficando desidratadas e tendo que tomar alguma medicação para controlar os enjoos. Caso isso aconteça, o médico deverá ser consultado.

A fase dos enjoos varia de mulher para mulher, mas em geral ocorre entre o final do segundo mês (semana 8) e o final do quinto mês lunar (semana 20).

Vamos colocar algumas dicas e assim a mamãe testará o que funciona para si.

  • Coma biscoitos água e sal antes de levantar da cama. O estômago vazio piora o enjoo. Comendo antes de levantar e esperando um pouco poderá evitar esse enjoo que aparece logo pela manhã. Os biscoitos, alimentos ricos em carboidratos ou frutas podem amenizar os enjoos durante todo o dia.

  • Coma pouco, mas de duas em duas horas. O estômago cheio também pode levar ao enjoo já que a digestão está mais lenta.

  • Evite alimentos gordurosos, pois são de difícil digestão, alimentos muito condimentados e açúcares.

  • Evite deitar logo após comer.

  • Fundamental que esteja bem hidratada. Às vezes, água pode aumentar o enjoo. Tente colocar uma fatia de limão na água que irá beber.

  • Escreva um diário com o que te deixa enjoada e comece a evitar os principais causadores.

  • Gengibre ameniza os enjoos para muitas mulheres. Pode ser até em chá ou bala.


  • Dicas
    Para quem já ouviu falar que o gengibre é abortivo existeum estudo recente que não conclui sobre o tema mas considera relevante sua ação contra náuseas e vômitos em gestantes, recomendando o uso.

    Os tipos de alimentos que uma gestante deve consumir

    A gestante não deve comer por dois, mas consumir pelos dois os nutrientes essenciais para a saúde da mamãe e do bebê. A palavra-chave é qualidade, não é quantidade.

    Há sempre muitas dúvidas em relação à alimentação das mamães que acabam de saber que estão grávidas. Isso é normal, afinal a mãe quer gerar um filho lindo, maravilhoso e saudável. Saiba que não há uma formula mágica de “alimentação para gestante”. Existe sim muitas dicas preciosas para uma alimentação saudável durante toda a gravidez.

    Lembrando que cada mamãe tem um organismo e só o seu médico ou um nutricionista poderá recomendar uma dieta específica. Portanto, o que vale para a Maria pode não valer para a Fernanda.

    Vamos deixar claro que a gravidez não é o momento de comer tudo o que quer e a hora que quiser. A frase “agora tenho que comer por dois porque estou grávida” não é válida. Tá bom, sabemos que a fome aumenta. Se controle, mulher!!

    Diria que a melhor frase seria “agora tenho que comer pelos dois”, garantindo assim saúde para a mamãe e completo desenvolvimento do bebê. Geralmente, a mulher deve aumentar a ingestão de apenas 200 calorias após o segundo trimestre.

    Durante toda a gravidez, a mulher deve comer a cada três horas. Os especialistas recomendam uma alimentação bastante variada e colorida, incluindo seis porções diárias de pães e cereais, de preferência integrais, cinco de frutas e três a quatro porções de legumes e verduras. Além disso, carnes, leite e derivados, sempre variando para assim obter os mais variados minerais e vitaminas que mamãe e bebê precisam. Não se esquecendo de beber pelo menos dois litros de água por dia.

    O primeiro trimestre é marcado por um aumento da frequência cardíaca e volume do sangue da mamãe, fase importante de desenvolvimento de partes vitais do bebê, como o sistema nervoso. Nessa fase, a ingestão de ferro, ácido fólico e líquidos são interessantes. Isso não quer dizer que esses componentes são importantes só nessa fase, eles têm que fazer parte de toda a gestação.

    A mamãe tendo uma noção do valor de cada nutriente poderá montar pratos de acordo com o seu paladar e com a etapa da gravidez. Pegue a agendinha e anote alguns exemplos.

    FERRO: encontrado em carnes, fígado, ovos, feijão e verduras (espinafre, por exemplo). Para melhor absorção do ferro pelo organismo, consuma na mesma refeição alimentos ricos em vitamina C, como frutas cítricas e tomate, e evite alimentos ricos em cálcio, como leite e seus derivados, que diminuem a absorção.

    ÁCIDO FÓLICO: encontrado em vegetais verde escuros (espinafre, couve, brócolis), cereais e frutas cítricas. O cozimento pelo microondas e altas temperaturas destroem o ácido fólico. Prefira cozinhar no vapor. Já a partir do segundo trimestre de gestação, é hora de se reforçar a ingestão de vitaminas C (age na formação do colágeno – pele, vasos sanguíneos, ossos e cartilagem, além de fortalecer o sistema imunológico da mamãe) e B6 (importante para o crescimento e o ganho de peso do feto e a prevenção da depressão pós-parto) e do mineral e magnésio (favorece a formação e o crescimento dos tecidos do corpo).

    VITAMINA C: encontrada nas frutas como kiwi, laranja, morango, melão, melancia, mamão, abacaxi e nas hortaliça (brócolis, pimentões, tomate, couve-flor).

    B6: encontrada no trigo, milho, fígado, frango, peixe, leite e derivados, leveduras

    MAGNÉSIO: encontrada nas nozes, soja, cacau, frutos do ar, cereais integrais, feijões e ervilhas.

    O cálcio e a vitamina D devem ser reforçados no terceiro trimestre, já que o bebê começa a esgotar a reserva da mamãe. O bebê precisa para a sua formação óssea (dentes e ossos). Além disso, auxilia na contração muscular e batimentos cardíacos. Já a mamãe precisa para manter as unhas fortes, os dentes sem cáries, evitar gengivite e câimbras, além de ajudar na produção de leite após o parto.

    CÁLCIO: encontrado em leites e derivados, bebidas de soja, tofu, gema de ovo e cereais integrais.

    VITAMINA D: encontrada em leite enriquecido, manteiga, ovos e fígado. O banho de sol é essencial para que essa vitamina auxilie na fixação do cálcio nos ossos.

    Esses não são os únicos nutrientes que mamãe e bebê precisam durante toda a gravidez. Outros importantes são:

    CARBOIDRATOS: fornecem energia para a mamãe e para o desenvolvimento do bebê. Os melhores são os integrais: arroz, pães, macarrão e cereais que são absorvidos mais lentamente e por isso saciam mais a mamãe.

    PROTEÍNAS: encontradas em carnes, feijão, leite e derivados. São responsáveis por construir, manter e renovar os tecidos de mamãe e bebê.

    LIPÍDEOS: são as gorduras que auxiliam na formação do sistema nervoso central do feto. Encontrados mais em carnes, leite e derivados, abacate, azeite e salmão.

    VITAMINA A: ajuda no desenvolvimento celular e ósseo e a formação do broto dentário do feto e na imunidade da gestante. É encontrada no leite e derivados, gema de ovo, fígado, laranja, mamão, couve e vegetais amarelos.

    NIACINA (VITAMINA B3): transforma a glicose em energia, mantendo a vitalidade das células maternas e fetais e estimula o desenvolvimento cerebral do feto. É encontrada em verduras, legumes, gema de ovo, carne magra, leite e derivados.

    TIAMINA (B1): também estimula o metabolismo energético da mamãe. É encontrada em carnes, cereais integrais, frutas, ovos, legumes e leveduras.