quarta-feira, 10 de julho de 2013

Minha História!!!

Em dezembro/2009 parei de usar métodos preservativos para engravidar. Em Janeiro/2010 já estava com a minha benção em meu ventre. Porém com 8 semanas tive um aborto que os médicos chamam de retido, sem a expulsão do feto, fiquei 52 dias com meu bebê no ventre, com meu médico dizendo que o bebê seria expulso pelo corpo, e não o foi. Procurei a opinião de outro médico, tive que fazer curetagem urgente (limpeza do útero) pois já estava infeccionando e necrosando. Ocorreu tudo bem, posteriormente fiz exames e meu útero estava saudável, pronto para uma nova gestação. Engravidei mais 2 vezes após o primeiro aborto, e abortei os outros dois também, porém tive hemorragias graves nos outros abortos. Investiguei minha saúde, e os médicos descobriram que sou portadora de Trombofilia, doença em que durante a gestação se formam Trombos nos vasos sanguíneos do útero, não permitindo que o oxigênio e os alimentos cheguem ao bebê provocando assim os abortos espontâneos. Apesar de não ser um bom diagnóstico, ele é tratável, e um alívio tomou conta de mim, pois poderia engravidar com uma “certa tranquilidade”. Voltei a tentar ter um filho em novembro/2010, porém desde então tive hemorragia sem causa aparente, ovário diminuído e os médicos sempre dizendo que estou bem, que minha saúde está perfeita, porém eu que era superfértil, sempre engravidei de 1ª tentativa, não estava conseguindo mais engravidar de maneira alguma. Depois de 7 meses de tentativas os médicos resolveram fazer uma Histeroscopia e nela deu que eu estava com sinéquias uterinas por causa dos abortos e elas estavam tampando todo útero e trompa esquerda, estava explicado o pq eu não estava conseguindo engravidar. No ciclo de Junho resolvi dar uma desligada desse negócio de engravidar e dar mais atenção ao meu casamento, não fiquei marcando dia fértil, não usei tirinha de ovulação nem fiz controle por US, e dia 24/7/2011, depois de ficar uma semana com cólicas e uma certa azia, com a 5ª urina do dia, peguei meu tão esperado e abençoado Positivo...Graças a Deus tive uma gestação saudável, utilizando 600 mg de Progesterona por dia e 40 mg de Enoxoparina Sódica. Lucas nasceu dia 27 de março de 2012 de 39 semanas, parto cesárea onde ocorreu tudo as mil maravilhas e hoje está com 1 ano e 3 meses e ainda mama no peito, meu bezerrão. Graças a Deus e aos médicos que insistiram em buscar as causas dos meus abortos!!!

sábado, 12 de maio de 2012

O Refluxo

Você acha que seu filho tem refluxo? Tenha calma. Não é qualquer volta de leite que o bebê apresenta que pode indicar que ele tem o problema. "Os adultos confundem a regurgitação comum, que ocorre com cerca de 50% dos bebês e não interfere em seu desenvolvimento, com o refluxo gastroesofágico, que merece atenção médica e, algumas vezes, remédios”, alerta o pediatra Mauro Batista de Morais. E até mesmo alguns médicos vêm fazendo confusão.

A questão é que os
pais
, ansiosos por natureza, ficam muito preocupados em ver o bebê devolvendo o alimento pela boca. Pensam que ele está doente e sofrendo. Se não encontram pela frente alguém para acalmá-los, tomam atitudes desnecessárias, como medicar o filho com o remédio que a vizinha usa ou trocar o peito pela mamadeira com leite engrossado. “O leite materno é mais leve, por isso mais fácil de voltar. Mesmo assim, é melhor o bebê regurgitar do que perder as vantagens da amamentação”, aconselha Mauro.

O que é comum


A
regurgitação
ocorre porque a válvula entre o esôfago e o estômago, conhecida como esfíncter esofagiano, ainda está se desenvolvendo. Normalmente, após a passagem do leite, ele fecha e segura o líquido. Com a imaturidade, o esfíncter relaxa e não faz seu trabalho. Por isso, o retorno de um pouco de leite após a mamada, quando o bebê arrota, ou mesmo um tempo depois em forma de “queijinho” é normal. Trata-se de um tipo de refluxo fisiológico, ou apenas regurgitação, que acontece em algumas ou todas as mamadas. Ela também ocorre porque nem sempre é possível notar que o bebê mamou em excesso e lotou o estômago. Nesse caso, até um arroto mais intenso traz o líquido de volta. Regurgitar não tem nenhuma conseqüência para o bebê e não causa desconforto. Não há remédio que faça o esfíncter amadurecer mais rápido. “O amadurecimento acontece entre os 6 meses e 1 ano. Enquanto isso, é preciso paciência e fraldas extras”, diz o pediatra Glaucio Granja de Abreu.

Algumas condutas podem ser adotadas para diminuir a regurgitação e principalmente acalmar a ansiedade dos pais, que se impressionam com as voltas do leite. Uma delas é respeitar sempre o tempo de cerca de dez minutos para o bebê arrotar, mantendo-o no colo. Outra, na hora de colocar a criança no berço ou no carrinho, é deixá-la um pouco elevada e não totalmente na horizontal, posição que facilita a volta do leite. Se a criança não mama no peito, o leite engrossado com mingaus também diminui a regurgitação, mas essa medida deve ser orientada pelo pediatra.





Quando complica

A regurgitação passa a ser um problema — e a ser chamada de refluxo — quando interfere no desenvolvimento
da criança. E aí, sim, requer intervenção médica. Acontece, por exemplo, quando a quantidade de leite que volta é grande e freqüente a ponto de desequilibrar o ganho de peso da criança. “Esse é o sinal mais importante de que o bebê tem o que chamamos de refluxo gastroesofágico. Apenas 5% deles apresentam essa versão mais séria, que precisa ser acompanhada de perto”, conta Glaucio. Outro sinal é o bebê chorar a cada volta de leite ou logo em seguida. Quando volta, o leite tem a presença de sucos gástricos usados na digestão, que irritam o esôfago e causam a esofagite. Isso provoca uma sensação de queimação no bebê. O processo também pode gerar chiados no peito, crises de apnéia, otites, sinusites, tosses, irritabilidade e, conseqüentemente, muito choro. Somente nos casos severos é indicado o uso de medicações para cuidar dos sintomas, como remédios para aliviar a queimação que o bebê sente no esôfago, diminuir a acidez do estômago ou para esvaziá-lo mais rapidamente. Em geral, os problemas desaparecem gradativamente com o passar do tempo e poucas são as crianças que ainda apresentam refluxo depois de 1 ano. Em raríssimos casos, o esfíncter continua imaturo e os médicos recomendam uma cirurgia para corrigi-lo. O ideal é pôr a ansiedade de lado e conviver bem com o leite que volta.

Outros diagnósticos


Às vezes, a volta do leite pode ter outras causas que não a imaturidade do esfíncter do esôfago. Um processo infeccioso pode vir acompanhado de vômitos ou regurgitações. Nesse caso, elas não ocorrem com freqüência e outros sintomas, como febre, estão presentes. E, se o bebê usa
mamadeira, as regurgitações também podem resultar da alergia à proteína do leite de vaca, situação em que a criança costuma devolver o leite em quase todas as mamadas. A solução será a troca do alimento por um produto especial.

Icterícia Neonatal


Essa doença, que deixa a pele do bebê  amarelada, atinge cerca de 80% dos recém-nascidos e, embora exija cuidados simples, nunca deve dispensar o acompanhamento médico.

Muitos bebês, logo depois que nascem, ficam com um tom de pele amarelo-alaranjado que pode se estender também para as conjuntivas (o branco dos olhos) e outros tecidos do corpo. O nome desse quadro é icterícia neonatal, uma doença comum entre os recém-nascidos e que, se detectada e controlada, não apresenta maiores riscos

A neonatologista Alice Deutsch, coordenadora da Unidade Neonatal do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, explica que o problema acontece devido ao aumento no sangue do pigmento amarelo bilirrubina. Da mesma forma que outras substâncias, ele é produzido naturalmente pelo organismo como o resultado do rompimento das células vermelhas do sangue, que vivem por um curto período de tempo. “Assim que essas células morrem, a hemoglobina presente nelas se transforma em bilirrubina e é transportada para o fígado, no qual é metabolizada e em seguida excretada pelas fezes. Quando esse processo não ocorre adequadamente, o acúmulo de bilirrubina no sangue deixa a pele amarelada”, explica a médica.

O excesso do pigmento também pode ser decorrente da incompatibilidade de sangue entre mãe e filho. Nesses casos, exige maior atenção. Quando a mãe tem sangue Rh-, e o filho, Rh+, por exemplo, ocorre uma grande e, por vezes, rápida destruição dos glóbulos vermelhos. Esse aumento ultrapassa a capacidade hepática de depurar a bilirrubina, elevando sua concentração no sangue. Daí, o produto se esparrama pela pele e por outros tecidos e também pode atravessar a barreira entre o sangue e o sistema nervoso central.

Talvez ainda ocorra o excesso de produção de bilirrubina se o bebê nascer com hemoglobina demais (um componente dentro da célula sanguínea que se degrada e forma a bilirrubina), se sofrer algum trauma que gere a formação de hematomas pelo corpo ou se houver a demora na ligadura do cordão umbilical. Nessas situações, ocorre uma “limpeza” do hematoma (local em que ocorreu um sangramento com depósito de hemoglobina) com a consequente elevação de bilirrubina.

Nos recém-nascidos, tal aumento se deve também à imaturidade do fígado, que pode apresentar uma capacidade limitada para processar o pigmento. “Trata-se apenas de um processo evolutivo, de adaptação e que tem fácil tratamento”, afirma Clery Bernardi Gallacci, neonatologista da Maternidade Santa Joana, também de São Paulo.

Na maioria dos casos, aliás, a icterícia desaparece espontaneamente ou depois de mudanças na frequência da amamentação. Isso pode ocorrer quando o bebê mama poucas vezes ao dia, tendo maior dificuldade para excretar a bilirrubina pelas fezes. Mas nada de pânico. É uma situação transitória, que passa assim que a oferta de leite aumentar e o estabelecimento da lactação estiver pleno e bem-sucedido.

A icterícia costuma aparecer entre o segundo e o terceiro dia de vida e dura em média dez dias, com exceção nos que nascem prematuros, que podem apresentar formas mais intensas e prolongadas. Quando o sintoma surge depois desse período, geralmente está associado a uma doença (como infecção urinária e doenças congênitas) e precisa ser investigado com maior afinco

Para diagnosticar a icterícia, o médico pressiona com o dedo primeiramente a testa, o nariz e o tórax do bebê, pois o distúrbio costuma surgir primeiramente na cabeça e ir descendo até os pés. O curioso é que começa a desaparecer no sentido contrário: pés, pernas, barriga, braços, tórax e testa. Quando esse tipo de investigação não é suficiente, é feita uma leitura no bilirrubinômetro transcutâneo, um equipamento que, colocado na testa da criança, faz a leitura do problema sem a necessidade de coleta de sangue. Mas vale ressaltar que somente pelo sangue é possível determinar com exatidão o nível de bilirrubina.

Quando o tratamento é necessário?

Se o médico considerar que a icterícia não vai desaparecer espontaneamente, existe a possibilidade da fototerapia, o popular banho de luz. Com essa técnica, a criança é colocada num aparelho com várias lâmpadas. “A iluminação especial desencadeia uma alteração na estrutura da bilirrubina, ajudando a diluir o pigmento, que assim é mais facilmente eliminado pelo intestino”, explica Alice. Normalmente são prescritos um ou dois dias de fototerapia. Porém o tempo dependerá do quão acentuada está a icterícia.

O processo não muda a rotina de amamentação e de cuidados com o bebê. Entretanto pode acontecer de a mãe ter alta da maternidade antes do filho, o que geralmente causa angústia e expectativa. É um processo difícil, mas necessário porque, apesar de ser uma circunstância muito simples, se não for bem cuidada, a icterícia pode se agravar e causar sérios danos, como impregnar o sistema nervoso central e causar uma encefalopatia. Além disso, no futuro a criança pode vir a sofrer de algumas complicações, como anemia falciforme. Por isso, é fundamental que o bebê continue a ter o acompanhamento médico mesmo depois de ir para casa.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Teste de APGAR

O que é o teste de Apgar?

Trata-se de um método simples e eficiente de medir a saúde de seu recém-nascido e de determinar se ele precisa ou não de alguma assistência médica imediata.

Ele é rápido, indolor e, certamente, vai tranquilizar você. Na verdade, é bem possível que o médico faça a avaliação do bebê sem que você nem note. A maioria das crianças nasce em boas condições de saúde, mas, caso seu recém-nascido precise de algum auxílio médico, será melhor saber o quanto antes para começar o tratamento. Este procedimento passou a ser rotineiro após os partos desde que a anestesiologista Virginia Apgar o desenvolveu, em 1952.

Um minuto após nascer e novamente aos cinco minutos de vida fora do útero, seu bebê será avaliado da seguinte forma:

• Frequência cardíaca

• Respiração

• Tônus muscular

• Reflexos

• Cor da pele

Cada um destes itens recebe uma nota entre 0 e 2 para se chegar a um total geral. Grande parte dos recém-nascidos recebe entre 7 e 10, não requerendo nenhum tratamento imediato, como, por exemplo, auxílio para respirar.

O que quer dizer a nota de cada criança?

Claro que 10 é sempre música para os ouvidos dos pais, mas 8 ou 9 também são ótimas avaliações. Um parto mais complicado ou prematuro e até medicação para dores tomadas pela mãe podem mascarar as notas, não retratando exatamente as condições reais do bebê, mas, no geral:

• Avaliação entre 8 e 10 mostra crianças em estado de saúde de ótimo a excelente, que provavelmente não vão precisar de cuidados extras.

• Avaliação entre 5 e 7 indica estado regular e pode haver necessidade de ajuda de aparelhos para respirar. O médico talvez massageie vigorosamente a pele do bebê ou dê a ele um pouco de oxigênio.

• Avaliação abaixo de 5 aponta bebês em condições que exigem auxílio médico especial.

Você pode perguntar ao médico na sala de parto qual foi a nota do seu bebê. Se a primeira não tiver sido muito alta, não se desespere, porque a segunda, depois de cinco minutos, costuma ser maior e mais tranquilizadora, já que a criança se recupera rápido do estresse do parto. Em caso de dúvidas, converse com o pediatra.

O teste de Apgar prevê problemas de saúde futuros?

Não, embora no passado os especialistas tenham chegado a acreditar que sim. Uma das teorias sugeria que se a nota de um recém-nascido permanecesse baixa aos cinco minutos de vida, isso indicava probabilidade de ele ter problemas neurológicos. Estudos mais recentes, porém, rejeitaram essa teoria. Sozinhas, as notas individuais não prevêem o estado de saúde futuro de uma pessoa, seja bom ou ruim.

A vantagem do teste é sua simplicidade: ele é facilmente realizado e mede com rapidez e precisão a saúde de um bebê nos primeiros momentos da vida fora do útero -- nada mais, nada menos.

sábado, 12 de novembro de 2011

Contrações de treinamento ou de Braxton-Hicks

O que são as tais contrações falsas, de treinamento ou de Braxton-Hicks?

Lá pela metade de sua gravidez, às vezes até antes, você pode notar que os músculos do seu útero deixam sua barriga dura, o que dura de 30 a 60 segundos. Nem todas as mulheres sentem essas contrações, que surgem aleatoriamente e costumam ser indolores.

Elas recebem o nome de contrações de treinamento, contrações "falsas" ou contrações de Braxton-Hicks, em homenagem ao médico inglês John Braxton Hicks, que as descreveu pela primeira vez em 1872.

Os especialistas acreditam que elas sejam uma espécie de treino do corpo para o trabalho de parto. Alguns acham que elas colaboram para o processo de "apagamento" do colo do útero (que vai ficando mais fino) e para a dilatação.

As contrações de treinamento costumam ser sentidas a partir de 16 semanas, ou bem mais tarde. Mas também é normal não sentir essas contrações nenhuma vez.

Como vou saber a diferença entre as contrações de treinamento e as contrações de verdade?

A maioria das grávidas de primeira viagem faz essa pergunta, e a resposta mais adequada, a que recebem dos médicos e de quem já passou por isso, chega a dar raiva: "Você vai saber quando for trabalho de parto de verdade". Mas eles estão certos.

Veja as diferenças.

Contrações de treinamento
  • Acontecem só algumas vezes por dia, e não mais que duas vezes por hora.
  • Normalmente param quando você muda de atividade. Se você passou muito tempo sentada, levante-se e caminhe. Se ficou muito tempo de pé, sente-se ou deite-se.
  • São irregulares, não pegam ritmo. Ou, se pegam, é só por um período curto.
  • Não são muito compridas: duram menos de um minuto.
  • Não vão aumentando de intensidade.
  • Podem atingir só uma parte da barriga
  • Podem ser deflagradas pelos movimentos ou pela posição do bebê


Contrações do trabalho de parto
As contrações verdadeiras são:

  • Mais compridas: a barriga fica dura por mais tempo.
  • Mais regulares.
  • Mais doloridas.
  • Não param de vir. Cada uma que vem é mais forte que a outra, e o intervalo entre elas vai ficando cada vez menos.
  • Não melhoram se você mudar de atividade.
  • Atingem a barriga inteira e às vezes as costas
  • Não dependem da posição ou da movimentação do bebê


O ritmo é o mais importante, preste atenção nele. Sempre que perceber que está tendo várias contrações, marque o horário, para acompanhar o intervalo entre elas.

E se as contrações de Braxton Hicks começarem a doer?

À medida que sua gravidez avança, esse tipo de contração pode ficar mais intensa, e é possível que doa. Quando elas começarem a ficar mais fortes e frequentes, você pode até achar que o trabalho de parto começou para valer, mas o tempo passa e elas continuam irregulares em termos de intensidade, frequência e duração -- e podem até desaparecer completamente, levando você à loucura.

São os chamados alarmes falsos. Se você sentir que suas contrações estão diminuindo ou se espaçando, provavelmente elas não passaram de contrações de Braxton-Hicks (ou falso trabalho de parto).

Uma sugestão é usar as contrações de treinamento para praticar técnicas de respiração que vão ajudá-la no parto vaginal.

O que eu devo fazer para aliviar o desconforto das contrações falsas?

Muitas mulheres acabam notando que as contrações vêm com mais frequência quando elas fazem alguma atividade física, mesmo que seja tirar as compras do carro. Outras percebem que a bexiga cheia demais deflagra contrações de treinamento.

Se as contrações estiverem incomodando você, faça o seguinte:
  • Vá ao banheiro fazer xixi.
  • Mude de atividade. Se estava em pé, deite-se um pouco. Se ficou muito tempo sentada, levante-se e dê uma caminhada.
  • Tome um copo d'água.
  • Se ainda assim não melhorar, você pode tomar um banho morno.

Quando devo me preocupar com as contrações?

Procure atendimento médico se:

Para quem está com menos de 37 semanas
  • Se a contração for acompanhada de secreção vaginal parecida com água ou sangue. Podem ser sintomas de rompimento da bolsa ou de problemas com a placenta.
  • Se sentir mais de três ou quatro contrações em uma hora, ou se elas estiverem vindo em intervalos regulares. Pode ser sinal de trabalho de parto prematuro.


Para quem está com 37 semanas ou mais
Você só precisa procurar o médico quando suas contrações durarem cerca de 60 segundos cada uma e acontecerem a um intervalo de cinco em cinco minutos, tirando as mulheres com histórico de parto rápido ou que morem muito longe do hospital. Nesses casos, é melhor procurar orientação se as contrações estiverem regulares, independentemente do intervalo.

A produção de leite materno

Você, sem dúvida nenhuma, já percebeu as grandes mudanças que ocorrem no seu corpo. Essas transformações físicas -- seios mais sensíveis, inchados e com mamilos mais escuros e aréolas maiores -- costumam ser um dos primeiros sinais de que você engravidou.

Especialistas acreditam que a mudança de cor do mamilo possa ajudar na amamentação, já que seria uma espécie de "jeitinho" da natureza para orientar melhor os recém-nascidos.

Outra alteração, o aparecimento de pequenas bolinhas ao redor da aréola do seio, também tem papel vital no ato de amamentar. Essas bolinhas produzem uma substância oleosa responsável por limpar, lubrificar e proteger o seio de infecções durante a amamentação.

Por dentro das suas mamas


Talvez mais impressionante até do que as transformações visíveis são as enormes mudanças que estão ocorrendo por dentro dos seus seios.

A placenta em desenvolvimento estimula a liberação dos hormônios estrogênio e progesterona, os quais, por sua vez, deflagram o complexo sistema biológico que torna a lactação possível.

diagram of milk production in the breastAntes da gestação, as mamas são formadas por uma combinação de tecidos, glândulas mamárias e gordura (a quantidade de tecido adiposo difere de mulher para mulher, daí a enorme variedade de tamanhos e formatos de seios).

O incrível é que seus seios já estavam se preparando para uma gravidez desde que você era um embrião de 6 semanas no útero de sua mãe. A criança já nasce com os principais ductos mamários -- uma rede que transporta o leite pelos seios -- formados.

As glândulas mamárias não dão sinal de vida até a puberdade, quando uma enxurrada do hormônio feminino estrogênio as faz crescer e inchar. Durante a gestação, essas glândulas trabalham a todo vapor.

No momento em que o bebê nasce, o tecido glandular de suas mamas já dobrou de tamanho, o que explica a mudança radical no número do sutiã!

Em meio às células adiposas e ao tecido glandular localiza-se uma rede de canais, chamados ductos. Os hormônios da gravidez fazem com que esses ductos aumentem de quantidade e tamanho e se dividam em canais menores perto da região peitoral. Na extremidade de cada um deles há uma aglomeração de pequenos sacos, semelhante a um cacho de uvas, conhecidos como alvéolos.

Um conjunto de alvéolos forma um lóbulo, e uma reunião de lóbulos é um lobo. Cada seio contém de 15 a 20 lobos.

O leite é produzido dentro dos alvéolos, os quais são rodeados por diminutos músculos que pressionam as glândulas e empurram o leite para os ductos. Os cerca de nove ductos lactíferos de cada seio são como canudos isolados que chegam à extremidade do mamilo, formando um "chuveirinho" que leva o leite para a boca do bebê.

O sistema de distribuição do leite fica completamente pronto já no segundo trimestre de gravidez, para que a mulher possa amamentar o bebê mesmo que ele seja prematuro.

A produção de leite aumenta quando o bebê nasce


Produção de leite e prolactina


A produção de leite em grande escala começa de 24 a 48 horas depois que você dá à luz. Esse período é cientificamente conhecido como lactogênese.

Após a retirada da placenta, os níveis dos hormônios estrogênio e progesterona começam a declinar. O hormônio prolactina, cuja quantidade vinha aumentando durante toda a gestação, é então liberado, para sinalizar ao corpo que é hora de produzir bastante leite.

Pesquisas indicam que a prolactina é também responsável por uma sensação maior de "maternidade", daí ter sido batizada por alguns especialistas de o hormônio do instinto materno. Em geral, o leite demora mais para "descer" no primeiro filho.

À medida que seu corpo se prepara para a lactação, ele libera mais sangue para a região dos alvéolos, deixando os seios firmes e cheios. Vasos sanguíneos meio inchados, combinados com a abundância de leite, podem deixar as mamas temporariamente doloridas, quentes e cheias demais, e provocar um ingurgitamento mamário, porém a própria amamentação ajudará a aliviar o desconforto inicial.

Primeiro desce o colostro


Nos primeiros dias de aleitamento, o bebê será alimentado por uma substância viscosa, meio transparente e rica em proteínas conhecida como colostro. É possível que nas últimas semanas de gestação você tenha notado o vazamento de gotas deste líquido esbranquiçado (para algumas mulheres isso já ocorre no segundo trimestre).

Esse precioso líquido é cheio de anticorpos chamados de imunoglobulinas, fortificantes naturais para o sistema imunológico do bebê. O leite materno se transforma no decorrer da amamentação a fim de suprir todas as necessidades da criança.

breastfeeding flow chartPara que o bebê possa mamar, é preciso que o leite "desça" dos alvéolos. O processo funciona assim: o bebê suga o mamilo, o que estimula a hipófise a liberar os hormônios ocitocina e prolactina para a corrente sanguínea. Ao alcançar seu seio, a ocitocina provoca a contração dos pequenos músculos ao redor dos alvéolos cheios de leite. O líquido passa então para os ductos, que o transportam para os ductos que ficam pouco abaixo da aréola do seio. Ao sugar, o bebê faz com que o leite dos ductos chegue à sua boca.

Nos primeiros dias de amamentação, talvez você sinta alguma contração no abdome, na forma de cólicas, bem na hora em que o bebê estiver mamando. A sensação sinaliza a liberação da ocitocina, que ajuda o útero a voltar ao tamanho normal (esse mesmo hormônio provocou a contração do útero durante o trabalho de parto).

Também pode ser que junto com a contração venha um fluxo vaginal mais intenso de sangue, portanto capriche no absorvente. Essas cólicas são mais intensas a partir do segundo filho, e em alguns lugares do Brasil são chamadas até de "dor de parto".

Um outro sinal é que você poderá se sentir calma, satisfeita e alegre ao amamentar. A ocitocina é, afinal, conhecida como o hormônio do amor!

Com o aumento do fluxo de leite, é possível que você também sinta formigamento, queimação ou ardor nos seios. É fundamental estar tranquila durante a amamentação para que o leite desça com facilidade.

Muitas mulheres comparam o aleitamento ao aprendizado de andar de bicicleta: pode ser complicado no começo, mas, quando você pega o jeito, fica parecendo impossível que um dia não tenho sabido fazer.

Lembre-se de investir no repouso e na hidratação, e não use sutiãs muito apertados, para que seu peito possa se encher de leite.

O que é o Sofrimento Fetal?

O sofrimento fetal é um problema causado pela falta de oxigénio no sangue do bebé, e que pode ocorrer durante ou antes do parto. Usualmente surge durante o parto, e é diagnosticado quando o ritmo cardíaco do bebé se torna instável. Se existir sofrimento fetal antes do parto, então a solução usualmente é o parto, dependendo sempre do estado de maturação do feto.

Muitos bebés têm de nascer através de cesariana, caso falhem o teste da vitalidade fetal. O teste da vitalidade fetal é recomendado a mães que tenham uma gravidez de risco, como diabetes, gravidez intra-uterina, entre outras. O teste envolve analisar o ritmo cardíaco do bebé em junção com a atividade uterina. Este teste é usualmente feito entre a 38º e a 42º semana de gestação, porém pode ser feito mais cedo, no início do 3º trimestre. O teste dará um resultado de reativo ou de não rectivo. Por vezes é necessário a mãe mexer-se ou comer algo para incentivar o bebé a mover-se e conseguir assim um resultado mais fiável.

O teste para avaliar o sofrimento fetal poderá ser feito: caso sinta que o bebé não se movimenta tão frequentemente como usualmente; caso o parto esteja atrasado, caso exista razão para suspeitar que a placenta não funciona adequadamente ou caso esteja em risco por alguma razão. Se existir alguma suspeita da sua parte, deve contatar o seu médico assistente para lhe fazer um teste de avaliação da vitalidade fetal.

Esse teste indicará se o bebé está a receber oxigénio suficiente devido a problemas do cordão umbilical ou da placenta, ou outro tipo de doença fetal.

Sintomas de sofrimento fetal

Se notar a diminuição dos movimentos comuns do feto é importante que saiba que isso pode significar que existe um problema.

Por vezes o decréscimo do movimento fetal surge devido ao bebé deixar de ter tanto espaço livre no útero, mas ter a certeza do porque é que isso aconteceu é sempre importante.

Durante o parto, o bebé é usualmente monitorizado através de um monitor fetal, que por vezes dá sinais que existe um problema, aumentos ou decréscimo do batimento cardíaco do bebé, ou um ritmo cardíaco incerto pode significar que existe um problema.

Quando o sangue do bebé é colhido durante o parto, através de uma amostra do escalpe do bebé, pode revelar se existem sinais bioquímicos de um problema. Dois problemas comuns são a acidose fetal e a acidose lacteal.

O méconio, caso exista no líquido amniótico também é uma preocupação.

Fazer a contagem dos “pontapés do bebé”

Poderá fazer a contagem dos “pontapés do bebé”. Contar os movimentos do bebé é algo fácil, que poderá fazer enquanto faz as suas atividades diárias. Isto significa que, se o bebé não fizer pelo menos 10 movimentos desde a altura da manhã em que você tomou o pequeno-almoço até ao meio da tarde (período de 4 a 6 horas), poderá estar a passar-se algo menos bom com ele. Se o bebé tiver feito 10 movimentos, então isso significa que não terá de contar mais até ao próximo dia. Este tipo de contagem é recomendado em caso de gravidez de risco ou de decrescimento do movimento fetal.

Tente marcar os movimentos fetais durante a altura do dia em que o bebé está mais activo, mas também numa altura em que possa registar os movimentos durante pelo menos 4 horas ou mais, caso isso seja necessário. É também indispensável registar os movimentos sempre a partir da mesma altura do dia.

Idealmente, antes de iniciar a contagem, deve comer algo , pois a ingestão de comida faz com que o bebé fique mais ativo. Em alternativa ou adicionalmente, pode dar um passeio, pois também ajuda o bebé a movimentar-se. Depois de uma visita ao chuveiro, deite-se preferencialmente para o seu lado esquerdo ou relaxe no sofá. Certifique-se que tem o relógio em vista e assente as horas em que sente os movimentos do bebé.

Preste atenção a cada movimento do bebé. Registre o número de minutos que dura o movimento e a hora em que foram feitos. Logo que o bebé fizer 10 movimentos, não é necessário contar mais.

Caso o bebé não tenha feito os 10 movimentos, deverá contactar o seu médico para ele fazer um teste que avalie se existe sofrimento fetal, verificando o ritmo cardíaco fetal e a atividade uterina. O que por vezes acontece é que algumas mães habituam-se aos movimentos do bebé e ficam sem os sentir durante algum tempo, estando o bebé perfeitamente bem.

Sofrimento fetal e as formas médicas de o detectar

  • Diminuição dos movimentos fetais (relevante apenas a partir das 35 semanas);
  • Diminuição da resposta fetal a estímulos como o som ou vibração;
  • Alterações do perfil biofísico (frequência cardíaca do feto em resposta aos seus próprios movimentos) e da circulação do sangue na placenta e no feto. Estas alterações podem ser verificadas através de uma ecografia.
  • Insuficiência na oxigenação cerebral devido ao seu posicionamento, problemas na placenta ou compressão do cordão umbilical, como a circular cervical (cordão umbilical enrolado no pescoço). A partir do 7º mês de gravidez, em casos de gravidez de risco, faz-se uma cardiotocografia (registo simultâneo da frequência cardíaca fetal e das contrações uterinas). Este exame/ registo pode indicar se o feto está a sofrer destes problemas.
  • Asfixia do bebé. Durante o trabalho de parto é possível verificar se existe asfixia do bebé através de uma colheita de sangue da pele da cabeça do bebé, que testa se existe uma diminuição pH do escalpe fetal.
  • Líquido amniótico com mecónio. O líquido deve ser claro podendo ser quase sem cor. Caso seja verde ou castanho-escuro (contendo mecónio) isto indica que o feto está com problemas. Porém, só é possível detectar depois da ruptura da bolsa de águas.
Um bom estado de oxigenação, e um comportamento normal do bebé em gestação são aparentemente bons indicadores. Porém, nem sempre os bons resultados de um exame dão origem a um bebé saudável, podendo existir complicações difíceis de detectar destas formas tais como o prolapso de cordão, descolagem da placenta ou a morte súbita fetal.