sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Lúpus e Gravidez - Parte II

O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença crônica de causa desconhecida, onde acontecem alterações fundamentais no sistema imunológico da pessoa, atingindo predominantemente mulheres. O sistema imunológico é uma rede complexa de órgãos, tecidos, células e substâncias encontradas na circulação sanguínea, que agem em conjunto para nos proteger de agentes estranhos.

Em cada dez portadores desta doença, nove são mulheres, e ao contrário do que se pensa é preciso tomar muito cuidado com suas consequências, que vão além do que os leves sintomas iniciais, que são os seguintes:

- Dor e rigidez nas articulações, com ou sem inchaço;
- Dores musculares;
- Febre sem causa conhecida;
- Cansaço;
- Rachaduras na pele;
- Anemia;
- Problemas de raciocínio e memória;
- Problemas renais sem causa aparente;
- Dor no peito ao respirar profundamente;
- Sensibilidade à luz;
- Perda de cabelo.

Segundo pesquisas, geralmente o Lúpus se manifesta entre os quinze e os quarenta e cinco anos de idade, mas pode acontecer antes ou depois. Além de ser uma doença que afeta em uma grande escala as mulheres, também incide muito mais entre negros do que entre brancos.

O Lúpus Discóide se desenvolve essencialmente na pele do rosto, nuca e couro cabeludo.

Porém, dentre os casos deste tipo de Lúpus apenas 10 % evoluem para o Lúpus Sistêmico que pode ter efeitos graves que podem ser irreversíveis, dependendo dos órgãos atingidos dentre eles o coração, pulmão, sangue e rins.

Outras causas constatadas do Lúpus Sistêmico nas mulheres são: a cefaléia ou enxaqueca, artrite, fenômeno de Raynaud e sintomas psiquiátricos.

Uma pessoa com Lúpus desenvolve anticorpos que reagem contra as suas células normais, ou seja, a pessoa torna-se “alérgica” a ela mesma, o que faz do Lúpus uma doença autoimune.

O Lúpus não é uma doença comum, não é contagiosa, é causado por alterações no sistema Imunológico, por fatores ambientais (como a luz ultravioleta, presente na luz do sol e na luz das lâmpadas fluorescentes) também pela questão hormonal (nível alto de estrógenos) presente no organismo feminino e predisposição genética do paciente.

Como citado inicialmente, o Lúpus é uma doença que pode trazer sérias consequências e riscos causando o comprometimento de órgãos vitais, mas há tratamento e quanto antes diagnosticado melhor.

Algumas orientações importantes, para todos os pacientes com LES:

- O uso de filtro solar e sempre evitar a exposição solar durante os períodos de maior;
- Incidência de raios Uva (entre as nove horas da manhã e quatro horas da tarde);
- Ter uma dieta balanceada, pobre em gordura de origem animal, frituras e rica em cálcio e derivados do leite;
- Fazer exercícios físicos regulares, no mínimo três vezes a semana, evitando assim doenças do coração e perda de massa óssea;
- As mulheres devem evitar o uso de hormônios estrogênios, pois podem desencadear;
- Atividade do LES e aumentar o risco de fenômenos tromboembólicos.

 Lembre-se, sempre converse e esclareça suas dúvidas com o médico.

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