quinta-feira, 26 de maio de 2011

Aborto II: Sintomas de Aborto

Como já contei inicialmente, percebi que estava acontecendo algo de errado quando fui ao banheiro e minha calcinha estava toda cheia de borra acastanhada, igual início ou fim de menstruação. Não tive dor nenhuma, como eu imaginava na minha cabeça o que seria um aborto, mas existem muitos sinais que o corpo pode dar informando que está acontecendo algo de errado com sua gestação. Os possíveis sintomas incluem:
·         Sangramento da vagina, onde a quantidade pode variar de algumas gotas de sangue à sangramento intenso (meu segundo aborto tive sangramento intenso com coágulos durante dois dias, pra terem idéia eu trocara de absorvente a cada 10 minutos.) o sangramento pode começar sem nenhum aviso, ou pode apresentar um corrimento escuro inicialmente, como foi o meu.
·         Dor como câimbra no baixo ventre
·         Secreção abundante proveniente da vagina sem sangue ou dor (quando a bolsa d´água estoura)
·         Pode também perceber algum material sólido passando no canal vaginal, se conseguir, guarde o material para ser examinado pelo seu médico.
·         É possível também que você não tenha perda de sangue ou dor, porém não sinta mais nenhum sintoma de gravidez. Neste caso o embrião/feto pode ter parado de desenvolver e não exista mais batimentos cardíacos.

Os abortos espontâneos (inevitáveis) podem ser completos ou incompletos (retidos). No aborto completo, o colo do útero se abre e o material fetal é expelido totalmente, normalmente seguido de sangramento muitas vezes intenso. No aborto incompleto só uma parte do material fetal é expelida, neste caso, uma dilatação do colo do útero associada a uma curetagem ou procedimento de sucção pode ser exigido para remover o restante do feto e da placenta.
Um aborto geralmente não coloca em risco a saúde da mulher, a não ser que seja incompleto, e caso isto ocorra sem ser diagnosticado e tratado, o sangramento pode continuar e o tecido deixado no útero pode infeccionar. Meu 1º aborto foi incompleto (retido), fiquei 52 dias com o saco gestacional no útero até decidir procurar outro ginecologista, pois o meu dizia que o material ia sair espontâneamente. Tive que passar por uma curetagem de urgência pois eu já estava com febres sugerindo uma possível infecção.
Uma informação que eu acho importante a gestante saber é que uma queda da mãe raramente causa aborto, pois o bebê está muito bem protegido dentro do útero, e não há nenhuma evidência que estresse emocional ou físico, ou atividade sexual, possam causar aborto numa gravidez normal.
Caso você apresente alguma ameaça de aborto, não se desespere totalmente, ainda há chances da sua gravidez continuar. Se o seu colo do útero permanecer fechado, mesmo com um pequeno sangramento, provavelmente seu Ginecologista indicará para você repousar e alguns receitam medicamentos para conter supostas contrações e normalmente indicam o uso da Progesterona por precaução de uma deficiência deste hormônio.


domingo, 22 de maio de 2011

Aborto I: O aborto espontâneo



Aborto, palavra que me causa calafrios na espinha, como eu peço todos os dias para não passar por isso novamente. Na minha jornada, foram três, posso dizer que foram os piores dias de minha vida.
O 1º aborto foi com 8 semanas, meu GO não pôde me atender neste dia pois teve um parto de urgência, seria minha primeira Ultrassonografia, estava super ansiosa para escutar o “Tum,Tum,Tum” do meu milagrinho. Pois bem, querendo ou não tive que fazer uma Ultrassonografia naquele dia. Estava em casa quando fui ao banheiro e vi minha calcinha toda suja de borra na cor acastanhada, mostrei para minha mãe e ela disse que era normal, não contente fui à emergência onde foi constatado que o amor da minha vida estava sem batimentos cardíacos. Meu mundo desmoronou. Assim começou a minha saga...
Segundo a medicina, o aborto espontâneo se trata de uma perda fetal antes de 20 semanas de gestação ou a perda de um feto com peso inferior a 500g, uma fatalidade, e que esta é muito comum ocorrer com 20% a 25% das mulheres que engravidam (cada 100 mulheres que ficam grávidas, até 30 delas poderão perder seus bebês), principalmente nas gestações iniciais. Para a maioria das mulheres, 50% das gestações não progridem, existem mulheres até que já passaram por um aborto e nem imaginam, pois pareceu a estas como um simples atraso menstrual com um fluxo um pouco mais intenso quando o ciclo se iniciou.
A causa mais comum de aborto (a que meu GO disse que provavelmente era a minha), é a causa cromossômica, 75% das gestações perdidas são decorrentes de anomalias cromossômicas. É muito importante o casal saber que na grande maioria das vezes é a natureza que impede que um ser com problemas se desenvolva e o próprio organismo interrompe a gestação, onde ocorre o aborto espontâneo.
Outras causas de abortos, menos comuns, são as doenças infecciosas, problemas hormonais, anomalias da estrutura do útero, problemas imunológicos e fatores ambientais (tabagismo, alcoolismo, etc.). Gostaria de falar sobre essas causas mais detalhadamente, por isso vou dividir este assunto em tópicos, pois existe muita informação para ser compartilhada.
Na prática, embora um aborto ocorra normalmente em pelo menos 20% das gestações naturais, não é considerado errado que se dê início a uma pesquisa da causa do aborto logo após a primeira perda. Na verdade a forma com que o casal encara o aborto vai depender muito do médico, da ansiedade, do desejo e da disponibilidade econômica do deste para realizar esses exames.  Sinceramente, se eu pudesse voltar no tempo não teria deixado me levar para a forma tão corriqueira com que alguns Ginecologistas tratam o aborto, eu talvez eu não teria tido o segundo, muito menos o terceiro.


Tratamentos de Alta Complexidade - Infertilidade

Dentre os tratamento de alta complexidade para infertilidade podemos citar a Fertilização "in vitro" e  a Injeção Intracitoplasmática de Espermatozóide

Fertilização "in vitro" (FIV)
Realizada com sucesso pela primeira vez na Inglaterra em 1978 pelos Drs. Robert Edwards e Patrick Steptoe, a fertilização in vitro revolucionou todo o tratamento da infertilidade humana. A partir deste procedimento, feito de uma forma quase artesanal e técnica rudimentar, incríveis progressos surgiram nesta área. Em 1998, somente nos EUA cerca de 59.000 ciclos de FIV foram realizados, dando origem à cerca de 14.800 bebês.

As principais indicações para o uso desta técnica são as seguintes:

- Fatores masculinos: Baixa contagem de espermatozóides, baixa motilidade, distúrbios da morfologia, presença de anticorpos antiespermatozóides
- Fatores femininos: Alterações hormonais com distúrbios ovulatórios, endometriose, lesões nas trompas com obstrução
- Esterelidade sem causa aparente

A FIV consiste basicamente na retirada de óvulos do ovário da paciente, fertilização destes com o sêmen do marido no laboratório e na posterior transferência dos embriões resultantes para o útero. Para isto algumas etapas devem ser observadas:

1- A paciente deve ser cuidadosamente avaliada e todos os exames pertinentes devem ser solicitados para o procedimento ser realizado com a máxima eficiência. Dentre estes exames temos: Avaliação hormonal com exames de sangue, ultrassonografia transvaginal, histeroscopia, histerossalpingografia, colpocitologia oncótica e espermograma.

2- Após avaliação inicial, um protocolo com os medicamentos a serem administrados à paciente é elaborado para obter produção de um número adequado de óvulos a serem fertilizados. Durante a estimulação ovariana com estas drogas, a monitoração da paciente com ultrassonografia transvaginal seriada e exames de sangue são necessários, para poder prever com exatidão o momento ideal de se fazer a retirada de óvulos.

3- Admissão da paciente na clínica para a aspiração de folículos e obtenção de óvulos. Neste dia, a paciente em jejum é encaminhada ao Centro Cirúrgico, num ambiente absolutamente estéril, onde é submetida a uma sedação por via endovenosa e através de ultrassonografia transvaginal poder visualizar o ovário e os folículos. Conectado ao transdutor transvaginal está uma agulha especial que irá puncionar os folículos para obter os óvulos para o processo de fertilização. O líquido que é obtido do folículo contém o óvulo e é entregue à bióloga. Ele é examinado no microscópio e transferido para uma incubadora. Esta é uma máquina que imita o ambiente do corpo humano, onde os óvulos ficam incubados para fertilizarem após a adição de espermatozóides. Os óvulos ficam em pequenos pratos plásticos, imersos em um líquido que simula as condições da trompa da mulher, onde eles seriam normalmente fertilizados. Após a seleção e colocação dos óvulos na incubadora, uma amostra de sêmem é obtida do esposo e preparada para o processo de fertilização. Dependendo do caso, cerca de 100 a 500 mil espermatozóides são adicionados a cada prato com os óvulos e deixados por um período de 17 a 18 horas para o processo de fertilização. Após este período, os pratos são inspecionados e a presença de fertilização é confirmada pela observação de 2 pronúcleos no óvulo.

Acompanhamento diário é feito para se avaliar a evolução das divisões celulares do embrião formado.

4- Novamente a paciente é admitida na clínica para a transferência de embriões. Dependendo do caso, ela é feita entre o segundo e o sétimo dia após a retirada de óvulos. O processo consiste em colocar os embriões em um cateter plástico, extremamente macio e maleável, e o introduzir através do colo até o interior do útero onde estes são depositados. O procedimento pode em alguns casos ser guiado por ultrasom para melhor posicionamento do cateter dentro do útero. Após o procedimento, a paciente deve permanecer em repouso por um período de algumas horas na clínica e depois por cerca de 48 horas em casa.

Quando se existe a impossibilidade de se obter óvulos da parceira ou quando há a total impossibilidade de, com os óvulos obtidos, se conseguir a fertilização destes. São utilizados óvulos de doadoras especialmente selecionadas e com características semelhantes às da paciente em questão.

Um check-up completo é realizado na doadora para nos assegurar das boas condições para se realizar a coleta de óvulos saudáveis. Nestes casos, os ciclos menstruais das duas pacientes – doadora e receptora – são sincronizados com uma série de medicamentos e, na época ideal, uma fertilização in vitro é realizada.

Parte dos óvulos obtidos é fertilizada com os espermatozóides do marido da paciente e posteriormente os embriões produzidos são transferidos para o útero da mesma forma que na FIV clássica.

Casais onde o parceiro é azoospérmico, ou seja, quando existe ausência total de espermatozóides, uma lista de doadores potenciais, contendo as principais caracteristicas de cada um, é apresentada às partes envolvidas para a escolha do doador. À medida que se chega a conclusão de qual seria a amostra ideal, esta é solicitada a uma Banco de Sêmen onde o material é então enviado ao laboratório onde fica estocado até a realização do procedimento.

Injeção Intracitoplasmática de Espermatozóide (ICSI)
A ICSI revolucionou o tratamento da infertilidade especialmente em relação ao fator masculino. A técnica consiste na injeção de um único espermatozóide dentro do citoplasma do óvulo da mulher. O procedimento só foi possível graças ao desenvolvimento de microscópios especiais e micromanipuladores que permitem através de movimentos microscópicos ultra finos, a manipulação precisa de óvulos, espermatozóides e embriões. A técnica permite que homens com taxas de espermatozóides muito baixas, sem motilidade ou pacientes com falha de fertilização em FIV anteriores possam ter sucesso em gerar filhos.

O procedimento é uma “variante” da FIV onde todas as etapas iniciais são identicas nos dois procedimentos. A diferença está exatamente no processo de fecundação do óvulo: enquanto que na FIV clássica o óvulo é incubado com cerca de 100 a 500 mil espermatozóides, na ICSI somente um espermatozóide é utilizado por óvulo.

Segundo relatório da Sociedade Americana de Fertilidade, em 1998, cerca de 16.650 ICSI foram realizadas em pacientes abaixo de 35 anos com um percentual de 35.7% de gestação. Em pacientes acima de 40 anos foram realizados 4350 procedimentos com um percentual de 10.3% de gestação.

Utilizada inicialmente para solucionar os casos mais difíceis de infertilidade masculina, a ICSI hoje está sendo utilizada em larga escala até mesmo nos casos onde não há alteração de espermatozóides. Atualmente, alguns Centros fazem unicamente ICSI em todos os casos de fertilização artificial.

Tratamentos de Baixa Complexidade - Infertilidade

Dentre os tratamentos de baixa complexidade podemos citar o Coito Programado com a indução da Ovulação e a Inseminação Intra-uterina.


Coito Programado com a Indução da Ovulação

Um quadro que é observado com frequência é a infertilidade por distúrbios de ovulação. Existem várias condições que levam a este quadro como, por exemplo, obesidade, aumento da secreção de prolactina e síndrome de ovários policísticos. A alteração na secreção de GnRH pelo hipotálamo ou de FSH e LH pela hipófise pode levar à anovulação. Estes dois últimos hormônios são os responsáveis diretos pelo recrutamento, desenvolvimento e maturação do folículo ovulatório dentro do qual está o óvulo.

Para correção deste problema existe uma série de medicamentos que podem ser utilizados para estimulação ovariana. O citrato de clomifeno e os preparados contendo FSH e FSH + LH são os mais frequentemente utilizados. Nos últimos anos, os preparados contendo FSH obtido da urina de mulheres menopausadas, vêm dando lugar a preparados produzidos sinteticamente, através de engenharia genética, com pureza e eficácia superiores e melhores resultados na indução de ovulação.

A indução de ovulação é um processo feito individualmente para cada paciente e os protocolos, doses e medicamentos a serem utilizados são elaborados dependendo do perfil de cada mulher. Em alguns casos os protocolos visam a produção de 2 a 3 óvulos num mesmo ciclo, aumentando as chances de fecundação, num processo chamado de coito programado.

Uma parte crucial neste processo é a monitoração da resposta ovariana ao uso dos medicamentos. A monitoração visa três pontos básicos:

1- observar a eficácia do protocolo na resposta ovariana com a produção do folículo ovulatório.

2- Detectar a presença de hiperestímulo na resposta ovariana com produção de vários folículos e assim evitar os riscos de gestação múltipla.

3- Determinar com precisão o dia ideal para administração da gonadotrofina coriônica que induz a maturação final do folículo, sua rotura e consequentemente o dia ideal para manter relações.

A monitoração se faz principalmente através da ultra-sonografia transvaginal. São realizados exames seriados com medições dos diâmetros dos folículos e da espessura do endométrio. Associada à monitoração ultra-sonográfica, exames de sangue com dosagens hormonais podem ser necessários para avaliação da qualidade do folículo que está sendo produzido.

Dependendo das drogas utilizadas, é acompanhado o crescimento dos folículos até determinado diâmetro, quando então, a ovulação é induzida com o uso do hCG. Após cerca de 36 horas, o processo de ovulação se inicia com a liberação dos óvulos que são captados pelas trompas, sendo neste período recomendado que a paciente mantenha relações.

Com novas drogas sendo lançadas, o sucesso na indução de ovulação vem aumentando de maneira considerável, abrindo novas perspectivas para as pacientes de baixa produção ovariana e para aquelas com idade avançada. 

Inseminação Artificial (IA)

Inseminação artificial, por definição, é a introdução do gameta masculino, espermatozóide, no trato genital feminino. Existem vários tipos de inseminação artificial, sendo a mais utilizada a inseminação intra-uterina. A diferença entre os vários tipos é basicamente o local do trato genital onde a amostra de espermatozóides é depositada na mulher. Existem basicamente 5 tipos de inseminação artificial:

Inseminação intracervical
Inseminação intrauterina
Inseminação intratubária
Inseminação intraperitoneal
Inseminação intrafolicular

Os casos onde a técnica de inseminação artificial é mais indicada são:

- Disfunções na relação sexual
- Presença de anticorpos anti-esperma
- Alterações no muco cervical ou no colo uterino
- Endometriose
- Diminuição de número, motilidade e penetração dos espermatozóides
- Infertilidade sem causa aparente
- Ausência de espermatozóides no parceiro, onde é utilizada uma amostra de um doador que é descongelada, preparada e utilizada para este fim

A inseminação deve ser feita no período ovulatório da paciente, podendo esta ter sido submetida ou não à indução de ovulação como vimos anteriormente. Para tanto, é necessária a monitoração precisa através de ultra-sonografia e exames hormonais.

Vários estudos comprovam que a indução de ovulação múltipla (2 a 3 folículos), quando associada à inseminação artificial, aumenta as chances de gestação. Um estudo publicado em 2002 mostra que nos EUA, no ano de 2000, o percentual de gestação de pacientes sendo submetidas à inseminação intra-uterina sem estimulação ovariana foi de 12,5%. Nas pacientes submetidas a estímulo ovariano, o percentual elevou para 24%.

Geralmente, é feita um total de até 3 inseminações artificiais para cada caso. Se após estas tentativas, onde os procedimentos foram plenamente satisfatórios, não obtiver sucesso, partem para técnicas de maior complexidade como a fertilização in vitro.

Tratamentos para Infertilidade


O tipo de tratamento de infertilidade irá sempre depender do problema ou problemas que foram identificados.
- Cada vez mais casais, especialmente na faixa etária dos 30 ou 40, recorrem à fertilização in vitro para alcançarem uma gravidez.
- Por outro lado, se for o caso da ovulação não ser regular será recomendado fazer um tratamento de estimulação da ovulação. Para isso terá que tomar medicamentos para aumentar a quantidade e frequência de produção de óvulos.
- Se houver um problema físico como um boqueio ou alguma danificação interna a solução poderá passar pela cirurgia.
- As vezes o casal produz convenientemente tanto os óvulos como os espermatozóides mas o encontro entre ambos não acontece talvez devido a um bloqueio nas trompas ou a problemas relacionados com as relações sexuais, nestes casos poderá ser feita a inseminação artificial na qual se junta fisicamente os espermatozóides e os óvulos dentro do útero e a natureza faz o resto.
- A fertilização in vitro pode ser um recurso quando existem problemas com a mobilidade dos espermatozóides ou em casos de infertilidade sem causa aparente. Neste caso são colhidos óvulos e espermatozóides que são juntos em laboratório num tubo de ensaio. Quando um ou mais óvulos estão fertilizados são novamente colocados no útero da futura mamã.
- Quando há problemas com a quantidade ou qualidade dos espermatozóides podem ser usadas algumas técnicas de micromanipulação para colocar um único espermatozóide dentro do óvulo e depois colocar este novamente no útero.
- As técnicas de produção assistida são bastante dispendiosas pelo que serão um dos últimos recursos. Entre as várias salientamos a inseminação in-vitro, a transferência intrafalopiana de gâmetas, transferência intrafalopiana de zigotos, injecção intracitoplásmica de espermatozóides.
- Quando os casais não produzem óvulos ou espermatozóides a única solução passará pela doação dos mesmos.

As opções de tratamento dependerão daquilo que está disponível na clinica em questão, se o casal tem condições físicas para tal (por exemplo se não tem problemas de saúde) e se pode suportar os custos financeiros. Mas, antes de iniciar um qualquer tratamento deverá informar-se sobre o que ele implica e qual a percentagem de sucesso muito embora as estatísticas possam não ser conclusivas porque o que resultou com outro casal pode não resultar consigo e vice-versa, uma vez que cada caso é um caso e tem características especificas. Por outro lado, alguns tratamentos podem ser mais rápidos do que outros assim como mais ou menos caros. E não coloque de lado a hipótese de ter que experimentar mais do que um até alcançar a tão desejada gravidez.

Exames na Infertilidade



Na pesquisa da fertilidade, os fatores são estudados levando-se em consideração cada uma das etapas no processo de reprodução. Para cada uma dessas etapas, existem exames básicos que são solicitados, já na primeira consulta, com o objetivo de se afastar ou confirmar possibilidades diagnósticas. De uma forma didática, são cinco os fatores que devem ser pesquisados e que podem atrapalhar um casal para ter filhos:

a. - Fator Hormonal e Fator ovariano: Problemas de hormônio e da ovulação;
b. - Fator Anatômico: Pesquisa da integridade anatômica do útero, trompas, colo uterino e aderências;
c. - Fator Imunológico : Pesquisa da "Incompatibilidade", "hostilidade", "alergia" - entre os gametas masculinos e femininos;
d. - Fator Masculino;
e. - Fator Endometriose.

a. FATOR OVARIANO E FATOR HORMONAL - Problemas de ovulação e de hormônios

Este fator representa 50% dos casos de esterilidade, por falta total de ovulação (anovulação) ou por um defeito da mesma (disovulia - insuficiência de corpo lúteo).

A pesquisa da ovulação se faz através de métodos indiretos que, em conjunto, dão o diagnóstico da existência ou não da ovulação e de sua quantidade. O tratamento depende das perturbações observadas pela pesquisa funcional.

. Dosagens hormonais: São realizadas durante o ciclo menstrual, procurando-se avaliar a real existência, a qualidade e a época da ovulação. Devem ser feitas na época adequada e os hormônios dosados são geralmente: FSH, LH, ESTRADIOL, PROLACTINA e PROGESTERONA e outros, que poderão ser indicados de acordo com as suspeitas diagnósticas (Tireóide, etc).

. Ultra-sonografia transvaginal seriada: Através deste exame, que é repetido algumas vezes durante o ciclo ovulatório, pode-se prever a ROTURA DO FOLÍCULO. Nos momentos que antecedem a ovulação, o folículo atinge seu tamanho máximo, mais ou menos 20 mm, formando um pequeno cisto (cisto funcional). Com a ovulação, este cisto se rompe e o óvulo é encaminhado para o útero, através da trompa uterina, onde deverá ser fecundado, passando a se chamar embrião.

. Biópsia de endométrio: Fornece material para exame microscópico e pode ser realizada no próprio consultório durante o exame de videohisteroscopia (ver em videoendoscopia), ao redor do 24º dia do ciclo menstrual. O exame deste material permite avaliar também a ação efetiva dos hormônios.

b. FATOR ANATÔMICO - INTEGRIDADE DA ANATOMIA

. Integridade da Anatomia:Consiste nas alterações do órgão reprodutor que podem impedir o encontro do espermatozóide com o óvulo dentro das tubas (ou trompas) e a conseqüente fecundação.

. Útero, Trompas e ovários: O útero e as trompas devem exibir normalidade na sua anatomia e no seu funcionamento. Estas alterações ocorrem em 20 a 30% dos casos de esterilidade. Além das causas inflamatórias, traumáticas, cirúrgicas malformações, mioma, etc..., cumpre assinalar o papel dos fatores emocionais. O stress pode ocasionar alterações do peristaltismo das trompas, comprometendo a captação e o transporte do óvulo. Alguns exames podem ajudar a detectar melhor possíveis problemas. São eles:

-Histerossalpingografia: É um raio-X contrastado, constitui importante instrumento para que o médico avalie se a paciente apresenta trompas e cavidade uterina íntegras, o que é essencial na avaliação de sua fertilidade. O médico deve estar envolvido diretamente na interpretação e, sempre que possível, acompanhar a própria execução do procedimento. A avaliação das chapas do exame deve ser cuidadosa verificando a presença de estenoses, sinéquias (aderências), septos, pólipos, malformações uterinas, obstruções tubáreas e lesões mínimas tubáreas. Em casos que demonstrem anormalidade, pode se seguir de laparoscopia e histeroscopia diagnósticas para prosseguir a avaliação. É interessante observar que até 20% das histerossalpingografias normais mostram anormalidade na vídeolaparoscopia.
Orientações: O exame deverá ser realizado entre o 8º e 10º dia do ciclo; Ligue para marcar o exame na clínica especializada no 1º dia do ciclo menstrual, a fim de receber eventuais informações complementares, como o uso de analgésicos antes do exame.
Na pesquisa da fertilidade, os fatores são estudados levando-se em consideração cada uma das etapas no processo de reprodução. Para cada uma dessas etapas, existem exames básicos que são solicitados, já na primeira consulta, com o objetivo de se afastar ou confirmar possibilidades diagnósticas. De uma forma didática, são cinco os fatores que devem ser pesquisados e que podem atrapalhar um casal para ter filhos:

a. - Fator Hormonal e Fator ovariano: Problemas de hormônio e da ovulação;
b. - Fator Anatômico: Pesquisa da integridade anatômica do útero, trompas, colo uterino e aderências;
c. - Fator Imunológico : Pesquisa da "Incompatibilidade", "hostilidade", "alergia" - entre os gametas masculinos e femininos;
d. - Fator Masculino;
e. - Fator Endometriose.

a. FATOR OVARIANO E FATOR HORMONAL - Problemas de ovulação e de hormônios

Este fator representa 50% dos casos de esterilidade, por falta total de ovulação (anovulação) ou por um defeito da mesma (disovulia - insuficiência de corpo lúteo).

A pesquisa da ovulação se faz através de métodos indiretos que, em conjunto, dão o diagnóstico da existência ou não da ovulação e de sua quantidade. O tratamento depende das perturbações observadas pela pesquisa funcional.

. Dosagens hormonais: São realizadas durante o ciclo menstrual, procurando-se avaliar a real existência, a qualidade e a época da ovulação. Devem ser feitas na época adequada e os hormônios dosados são geralmente: FSH, LH, ESTRADIOL, PROLACTINA e PROGESTERONA e outros, que poderão ser indicados de acordo com as suspeitas diagnósticas (Tireóide, etc).

. Ultra-sonografia transvaginal seriada: Através deste exame, que é repetido algumas vezes durante o ciclo ovulatório, pode-se prever a ROTURA DO FOLÍCULO. Nos momentos que antecedem a ovulação, o folículo atinge seu tamanho máximo, mais ou menos 20 mm, formando um pequeno cisto (cisto funcional). Com a ovulação, este cisto se rompe e o óvulo é encaminhado para o útero, através da trompa uterina, onde deverá ser fecundado, passando a se chamar embrião.

. Biópsia de endométrio: Fornece material para exame microscópico e pode ser realizada no próprio consultório durante o exame de videohisteroscopia (ver em videoendoscopia), ao redor do 24º dia do ciclo menstrual. O exame deste material permite avaliar também a ação efetiva dos hormônios.

b. FATOR ANATÔMICO - INTEGRIDADE DA ANATOMIA

. Integridade da Anatomia:Consiste nas alterações do órgão reprodutor que podem impedir o encontro do espermatozóide com o óvulo dentro das tubas (ou trompas) e a conseqüente fecundação.

. Útero, Trompas e ovários: O útero e as trompas devem exibir normalidade na sua anatomia e no seu funcionamento. Estas alterações ocorrem em 20 a 30% dos casos de esterilidade. Além das causas inflamatórias, traumáticas, cirúrgicas malformações, mioma, etc..., cumpre assinalar o papel dos fatores emocionais. O stress pode ocasionar alterações do peristaltismo das trompas, comprometendo a captação e o transporte do óvulo. Alguns exames podem ajudar a detectar melhor possíveis problemas. São eles:

-Histerossalpingografia: É um raio-X contrastado, constitui importante instrumento para que o médico avalie se a paciente apresenta trompas e cavidade uterina íntegras, o que é essencial na avaliação de sua fertilidade. O médico deve estar envolvido diretamente na interpretação e, sempre que possível, acompanhar a própria execução do procedimento. A avaliação das chapas do exame deve ser cuidadosa verificando a presença de estenoses, sinéquias (aderências), septos, pólipos, malformações uterinas, obstruções tubáreas e lesões mínimas tubáreas. Em casos que demonstrem anormalidade, pode se seguir de laparoscopia e histeroscopia diagnósticas para prosseguir a avaliação. É interessante observar que até 20% das histerossalpingografias normais mostram anormalidade na vídeolaparoscopia.
Orientações: O exame deverá ser realizado entre o 8º e 10º dia do ciclo; Ligue para marcar o exame na clínica especializada no 1º dia do ciclo menstrual, a fim de receber eventuais informações complementares, como o uso de analgésicos antes do exame.
- VIDEOHISTEROSCOPIA: Pode ser feita em consultório e permite sem qualquer tipo de corte, o exame do INTERIOR do útero (endométrio). Através da mesma microcâmera utilizada no exame anterior, diagnosticamos na cavidade uterina a existência de alterações como miomas, pólipos, malformações e aderências, corrigindo-as, quando necessário, pela mesma via, cirurgicamente.
- Colo do Útero: O muco cervical, como já vimos, é extremamente importante no processo de fertilização, pois é nele que o espermatozóide "nada" em direção ao óvulo a ser fecundado. Alterações no colo uterino são responsáveis por 15 a 50% das causas de esterilidade. A análise desse fator é feita através da avaliação do muco cervical, da videohisteroscopia e da colposcopia.

- Aderências: É o fator causado pela presença de obstáculos (aderências) na captação dos óvulos pela(s) trompa(s), estando esta pérvia em toda a sua extensão. Geralmente, é proveniente de infecções pélvicas, endometriose ou cirurgias nesta região. O diagnóstico inicial é sugerido pela histerossalpingografia, mas a confirmação é feita através da videolaparoscopia, o único exame que permite o diagnóstico definitivo e, concomitantemente, o tratamento cirúrgico. Quando não for possível a resolução pela via endoscópica, deveremos realizar a cirurgia pelas técnicas convencionais, levando-se em consideração os princípios da microcirurgia.

c. FATOR IMUNOLÓGICO: Pesquisa da "Incompatibilidade", "hostilidade", "alergia" - entre os gametas masculinos e femininos

O fator imunológico pode ser considerado causa de esterilidade, pois encontramos, com freqüência, anticorpos no aparelho genital feminino, em especial no muco cervical . O exame básico é o Teste Pós-Coito ou Sims-Huhner, que identifica, sob a luz do microscópico, qual é o comportamento dos espermatozóides em contato com o organismo feminino. O teste é considerado DEFICIENTE, quando eles se encontrarem imóveis, ao invés de movimentos rápidos, ideais para fecundação normal. Outros exames para avaliar fatores imunológicos são os anticorpos anticardiolipina, anticorpos antitireoidianos, fator anticoagulante lúpico,fosfatidil serina, células NK, IgA, Fator V de Leiden etc, de indicação restrita. Em casos especiais pode ser ainda solicitado o exame "Cross Match" que avalia a rejeição do embrião pelo organismo materno.

d. FATOR MASCULINO 

A pesquisa da fertilidade no homem é um capítulo importante na reprodução humana, tanto pelas dificuldades quanto pelo misticismo que envolvem a maneira da coleta do material (pela masturbação), além dos preconceitos que ainda existem envolvendo os possíveis diagnósticos (por mais absurdo que pareça). A pesquisa da fertilidade masculina é sempre muito mais simples que a feminina. É fundamental que se saiba o que é relevante nesta pesquisa para que não nos percamos em resultados superficiais que levam o casal, muitas vezes, a perder tempo e dinheiro, além do desgaste psicológico que envolve este tipo de tratamento.

O fator masculino é responsável, isoladamente, por 30 a 40% dos casos de infertilidade e associado ao fator feminino por mais 20%, cúmplice, portanto, de 50% dos casais com dificuldade para engravidar. Visto que a avaliação deste fator é relativamente simples e pouco dispendiosa, esta deve ser realizada em todos os casos. Este estudo é baseado na história clínica (antecedentes de infecção, traumas, cirurgias pregressas, impotência, hábitos como alcoolismo, tabagismo, etc...), exame físico, espermograma e, em casos especiais, exames genéticos.

e. FATOR ENDOMETRIOSE

Endométrio é o tecido que reveste o útero internamente e é formado entre as menstruações. Esta "película" solta-se e sai juntamente como sangue, cada vez que a mulher menstrua. Por razões ainda não definidas, esse revestimento pode migrar e se alojar em outros órgãos como ovários, trompas, intestinos, bexiga, peritôneo até mesmo no próprio útero, dentro do músculo. Quando isso, acontece, damos o nome de ENDOMETRIOSE (no útero tem o nome de Adenomiose), ou seja, endométrio fora do seu local habitual. A endometriose é responsável por cerca de 40% das causas femininas da infertilidade. A moléstia não é maligna e em certas pacientes se manifesta apenas discretamente, com leve aumento na intensidade das cólicas menstruais. Em outras, pode ser um martírio, com dores fortes e sangramentos abundantes. Em qualquer uma das situações, seja qual for o grau de endometriose, a Fertilidade pode estar comprometida. Os indícios da existência desta doença podem ser dados, além da história clínica, pela dosagem no sangue de uma substância chamada CA125 e por imagem suspeita vista pelo ultra-som. Novos exames como PCR, SAA, Anticardiolipina IgG, IgA e IgM representam uma opção para pesquisa e tratamentos imunológicos futuros desta patologia. Para confirmar o diagnóstico e graduar o comprometimento da sua própria existência, a VIDEOLAPAROSCOPIA é essencial, podendo-se, através dela obter também a cura com a cauterização e ressecção dos focos. O tratamento clínico medicamentoso complementar é uma alternativa que deve ser avaliada caso a caso.
 

segunda-feira, 16 de maio de 2011

A Infertilidade e suas possíveis causas



Já se passou mais de um ano de tentativas e nada, né? O que fazer agora?
A melhor coisa a se fazer é ter uma conversa com o companheiro e decidir juntos a procurar um profissional especializado em Reprodução Humana.Falo em uma decisão conjunta pois para iniciarmos um tratamento de Fertilização exige um certo esforço físico, financeiro e principalmente psicológico.
A infertilidade é o resultado de uma falência orgânica devida à disfunção dos órgãos reprodutores, dos gâmetas ou do concepto. Um casal é infértil quando não alcança a gravidez desejada ao fim de um ano de vida sexual contínua (3-5 vezes por semana) sem métodos contraceptivos. Também se considera infértil o casal que apresenta abortamentos de repetição (≥3, consecutivos).
A mulher deixa de produzir ovócitos após o nascimento. Na recém-nascida, cada ovário possui um milhão de folículos primordiais. Todos os meses, em cada ovário, cerca de 20-30 folículos iniciam o seu crescimento mas, devido à ausência de níveis adequados de hormônios, esses folículos degeneram. Em consequência, por altura da puberdade, cada ovário já só possui 100.000 ovócitos. Na adolescência, a cada mês, um dos ovários consegue fazer crescer um folículo até aos 2-3 cm, a que se segue a sua ovulação (os ovários alternam a cada mês). Em simultâneo com este ciclo ovulatório, a mulher inicia os ciclos menstruais. A partir dos 28 anos, observa-se uma perda progressiva da capacidade de resposta dos folículos primordiais aos níveis hormonais. Deste modo, o ovário tende a deixar de formar folículos maduros, dando origem, com uma frequência cada vez maior, folículos contendo ovócitos imaturos ou folículos com ovócitos anormais (em morfologia e em estrutura genética), podendo mesmo não ovular. Os ciclos menstruais mantêm-se geralmente ritmados, independentemente do ciclo ovulatório. Estas anomalias devem-se ao fato dos ovócitos estarem parados há vários anos, o que permite o seu envelhecimento. Em consequência, por exemplo, a taxa de trissomia 21 aumenta para 1/500 recém-nascidos aos 34 anos e 1/100 recém-nascidos aos 39 anos.
Pelo contrário, o homem nasce com células mãe nos testículos e só inicia a produção dos espermatozóides a partir da puberdade. Esta produção mantém-se toda a vida, apesar da concentração, morfologia normal e mobilidade dos espermatozóides tender a diminuir com a idade, geralmente já fora do período reprodutivo.
A prevalência da infertilidade conjugal é de 15-20% na população em idade reprodutiva. A taxa de infertilidade masculina é similar à taxa de infertilidade feminina. Em média, 80% dos casos apresentam infertilidade nos dois membros do casal, sendo, geralmente, um mais grave do que o outro. A infertilidade tem aumentado nos países industrializados devido ao adiamento da idade de concepção, à existência de múltiplos parceiros sexuais, aos hábitos sedentários e de consumo excessivo de gorduras, tabaco, álcool e drogas, bem como aos químicos utilizados nos produtos alimentares e aos libertados na atmosfera.
No Brasil, estima-se que aproximadamente dois milhões de casais venham a apresentar algum tipo de dificuldade ao longo de suas vidas reprodutivas. Em geral, o diagnóstico pode ser realizado após 12 meses de tentativas ou se a gravidez não segue em frente, não vai ao tempo certo. Se a mulher tem mais de 35 anos, o prazo para a realização do diagnóstico cai para seis meses de tentativas.

As causas de infertilidade feminina podem ser classificadas em categorias básicas:
  • Fator ovulatório
  • Fator tubário
  • Endometriose
  • Fator uterino 
As causas mais comuns associadas à infertilidade masculina são:
  • Varicocele
  • Azoospermia 
Vou discorrer um pouquinho sobre algumas das causas de infertilidade, para entendermos melhor:

Fator ovulatório

A principal causa de dificuldade de ovulação é a Síndrome dos Ovários Policísticos. Outras causas importantes são as doenças da glândula tireóide e o aumento de produção da prolactina. Mulheres com mais de 35 anos tendem a apresentar dificuldade de ovulação.

Fator tubário 

A doença tubária é uma das principais causas de infertilidade feminina. As causas mais comuns de distorção e perda de função das tubas uterinas (ou trompas) estão relacionadas à ocorrência de inflamações na região pélvica, principalmente as causadas por Chlamydia e Gonococo. As tubas uterinas também podem ser atingidas pela endometriose, prejudicando seu funcionamento. Essa é um problema cada vez mais comum e que vem superando a incidência de outras doenças pélvicas como causadoras de alteração nas trompas.

Endometriose

A endometriose é uma doença que se caracteriza pela presença de tecido endometrial fora da cavidade uterina e que afeta mais comumente o tecido que reveste a cavidade abdominal (peritônio), os ovários, as tubas uterinas, e outras áreas. Hoje, acredita-se que a doença seja responsável por grande parte dos casos de infertilidade feminina. A endometriose pode levar a infertilidade através de:
  • alteração nas tubas uterinas: as tubas podem se tornar impérvias (intransitáveis) e sem mobilidade.
  • alteração na ovulação: dificuldade de produção ovular e à perda de qualidade dos óvulos.
  • interferência na Fertilização: a endometriose pode dificultar a penetração dos espermatozóides nos óvulos.

Fator uterino

Qualquer doença que leve à alteração ou deformação da cavidade uterina (onde está localizado o tecido endometrial) pode causar dificuldade de implantação embrionária. Portanto, miomas que, por seu tamanho e/ou localização, deformam a cavidade endometrial são causas importantes de infertilidade. O mesmo acontece em relação aos pólipos endometriais (pequenos tumores do endométrio). Outras situações menos comuns são aquelas em que há formação de “cicatrizes” na cavidade uterina (sinéquias) após curetagem ou infecções, ou ainda aquelas em que há deformidade congênita da cavidade endometrial (septo uterino, útero bicorno, útero didelfo).

Varicocele

A varicocele é a causa de infertilidade masculina mais freqüente, apesar de 2/3 dos portadores serem férteis. Consiste em uma dilatação anormal das veias que drenam os testículos. Cerca de 80% a 95% dos casos atingem somente o lado esquerdo e 10% a 20% são bilaterais. Raramente se apresenta isoladamente no lado direito. O diagnóstico deve ser baseado no exame físico e em exames subsidiários, sendo mais largamente difundido a Ultrassonografia com Doppler de bolsa testicular. A varicocele se divide em:
  • Grau I: quando é possível palpar a dilatação apenas durante a manobra de força abdominal
  • Grau II: quando é possível palpar a dilatação sem dificuldades
  • Grau III: quando o diagnóstico só é possível através de exame visual
O tratamento cirúrgico é realizado em adultos com alterações seminais, assimetria ou hipotrofia testicular (diminuição do volume do testículo) e paciente com varicocele grau III associado a alterações seminais.

Azoospermia

Consiste em uma alteração genética em que o líquido seminal não apresenta nenhum espermatozóide. Essa alteração afeta de 1% a 2% do total de homens inférteis. A azoospermia pode ser dividida em 2 grupos:
  • azoospermia obstrutiva: as causas podem ser processos obstrutivos congênitos ou adquiridos, como vasectomia, ausência dos canais deferentes, situações pós-cirúrgicas, entre outros.
  • azoospermia não obstrutiva: gerada pela falência da produção testicular de espermatozóides. As causas podem ser problemas dos testículos ou a diminuição da produção central dos hormônios que estimulam o funcionamento testicular. Durante anos, o tratamento dos pacientes com alterações seminais foi baseado no uso de medicações. Estudos recentes têm demonstrado que os medicamentos podem subir a contagem dos espermatozóides, mas não levam ao aumento das taxas de gravidez. Por isso, nesses casos, os tratamentos de reprodução assistida são as melhores soluções, quando a gravidez não acontece após um ano de tentativa. 
Como podemos ver, A Infertilidade, ao contrário do que se acreditava no passado, é um problema do casal e não exclusivo da mulher. Sabemos que 30% das causas são femininas e outros 30% são masculinas. Em 40% dos casos, ambos os fatores estão presentes. A Infertilidade pode ser primária (quando o casal nunca engravidou) ou secundária (quando já houve gestação anterior).
 Estudos mostram que até 15% dos casais em idade fértil apresentam dificuldade para engravidar e metade deles terá que recorrer a tratamentos de Reprodução Assistida.


Agora que já sabemos quais as causas da infertilidade, no próximo tópico falaremos sobre os exames realizados para diagnosticar se você e seu parceiro se encaixam realmente nessa porcentagem ou se como já conversamos anteriormente, toda essa demora não é obra da sua ansiedade.


     






    Preparando seu corpo para a Gravidez


    Agora que você já sabe como conhecer o seu período fértil, a primeira atitude que você deve tomar é fazer uma visita á seu Ginecologista, lembra dele, aquele que você só visita de vez em quando ou quando aparece uma coceirinha genital? Ele Mesmo.
    Comunique à ele sua decisão de ser mãe (você vai sentir um friozinho na barriga quando disser isso a ele) e peça um check-up completo de sua saúde, principalmente a ginecológica.
    O ideal é você fazer essa consulta pelo menos três meses antes de começar os treinos, mas se sua decisão foi de uma hora pra outra, ainda há tempo, mas é imprescindível que você se consulte.
    Você deve mencionar eventuais problemas genéticos na sua família ou na do parceiro, como síndrome de Down ou fibrose cística, e disfunções como diabetes e Hipo ou Hipertireoidismo e Pressão Alta.
    O Médico vai querer saber que tipo de método anticoncepcional você está usando e se você já teve algum problema menstrual, ovulatório, se já sofreu um aborto espontâneo, uma gravidez ectópica. Também vai perguntar se você já tem filhos, qual foi o tipo de parto e se você passou por alguma complicação.
    Verifique qual foi o último exame de papanicolau que fez e mencione para o ginecologista. Durante a gravidez não se costuma fazer o exame de papanicolau - ele só volta a ser realizado seis meses depois do nascimento do bebê.
    O médico pode pedir testes mais específicos depois do exame ginecológico, como o para detectar a presença da bactéria clamídia, que muitas vezes não apresenta sintomas, mas pode ser prejudicial à gravidez ou à sua fertilidade. 

    Talvez o médico peça um exame de urina para detectar alguma possível infecção urinária. As infecções no trato urinário podem estar associadas a problemas como aborto espontâneo, baixo peso dos bebês ao nascer ou parto prematuro, por isso é sempre bom garantir que você não esteja com uma antes de engravidar. 
    O ginecologista deve pedir um hemograma completo para verificar se você está com anemia ou algum outro indicador alterado.
    Dependendo da região do país, o médico pode pedir exames de sangue para detectar se você carrega genes para doenças como anemia falciforme (mais comum em negros), talassemia (mais comum em pessoas de ascendência mediterrânea, como descendentes de italianos) e doença de Tay-Sachs (mais comum em judeus), que podem ser transmitidos para o bebê. Um exame simples chamado eletroforese da hemoglobina identifica portadores de anemia falciforme e a talassemia (não é necessário um exame genético).
    Nos exames de sangue o médico também pode verificar se você tem imunidade para doenças como hepatite B, rubéola, toxoplasmose e citomegalovirose. Entre os testes também haverá exames diagnósticos para sífilis e HIV.. A detecção dessas doenças antes da gravidez é essencial para o melhor tratamento.
    Mulheres que têm pressão alta (hipertensão) correm mais risco de sofrer de pré-eclâmpsia durante a gravidez e de apresentar problemas com a placenta, por isso é bom controlar a pressão arterial antes de engravidar.
    É possível prevenir malformações e aborto espontâneo com a vacinação. O exame de sangue detectará se você precisa ser vacinada contra a rubéola. Se o exame mostrar que você não tem imunidade para a doença (porque nunca teve rubéola ou nunca foi vacinada), deve tomar a vacina e esperar pelo menos um mês para começar a tentar engravidar.
    Esse período de espera, que pode ser até maior, dependendo da recomendação do médico, é uma precaução, porque se imagina que o organismo precise de tempo para eliminar o vírus atenuado que foi administrado com a vacina. Não há provas científicas, porém, que associem a vacina a defeitos congênitos.
    Se você nunca teve catapora, o médico pode recomendar que você se vacine contra a doença, porque ela pode afetar o bebê se você adoecer grávida. Outra imunização possível é contra a hepatite B, dependendo do resultado do seu exame de sangue, e talvez um reforço da vacina antitetânica.
    Defeitos na formação do tubo neural do bebê são evitados em grande parte com a suplementação de ácido fólico. A orientação é que mulheres que estejam pensando em engravidar tomem pelo menos 400 mcg de ácido fólico por dia, mantendo a suplementação até pelo menos a 12a semana de gravidez.
    É importante começar a tomar o suplemento antes porque a formação do tubo neural acontece muito no princípio da gestação, quando muitas vezes a gravidez ainda nem foi detectada pela mulher. Há profissionais que defendem até que toda mulher em idade fértil, mesmo que não esteja pensando em engravidar, tome o suplemento.
    Em alguns casos, os médicos podem recomendar uma dose bem maior de ácido fólico, de 5 mg por dia.
    O consumo de drogas e as bebidas alcoólicas fazem mal tanto para o bebê quanto para a mãe, por isso o ideal é eliminar o hábito antes de engravidar. O médico pode orientá-la a adotar um programa para abandonar o cigarro antes da gravidez. Se você bebe muito ou usa drogas, pense com carinho na possibilidade de procurar ajuda especializada antes de começar a tentar engravidar.
    Na consulta com o ginecologista, aproveite para falar de qualquer outra preocupação que possa ter. Caso tome algum medicamento regularmente, veja se é preciso mudar a dose ou o tipo de remédio. Não deixe de mencionar outros tratamentos que esteja fazendo. Não é seguro, por exemplo, tomar drogas antiacne fortes durante a gravidez.
    Determinados remédios aparentemente inofensivos também não são recomendados, portanto você precisará saber quais são eles para evitar tomar quando estiver tentando - afinal, você pode já estar grávida sem saber.
    Talvez o ginecologista prefira que você se consulte também com outro especialista para ajustar medicamentos ou esclarecer dúvidas.
    É pequeno o número de bebês que nasce com algum problema - fica entre 1 e 2 por cento. Mas você deve procurar aconselhamento genético se houver um histórico de doenças hereditárias na sua família ou na de seu parceiro.
     
    Já fez tudo direitinho conforme expliquei? Ufa! Missão cumprida, tenha bons treinos e antes que eu esqueça, Bem Vinda ao espetacular mundo da Maternidade!

    domingo, 15 de maio de 2011

    Método da Temperatura Basal X Método Billings (muco cervical)




     Você quer descobrir seu período fértil para poder engravidar e não sabe por onde começar? Descubra que o nosso corpo nos avisa sobre muitas coisas que precisamos aprender a interpretar. A temperatura basal e o muco cervical (ou método Billings) são uma grande fonte de informações sobre o ciclo menstrual da mulher.

    O que são gráficos de Temperatura Basal (TB)?

    Durante o seu ciclo menstrual, dois hormônios fazem seu trabalho.Durante a primeira metade do seu ciclo (chamada fase folicular), o estrogênio ajuda seus ovários a produzirem um óvulo (ou mais) que é liberado durante a ovulação. Durante a segunda metade do seu ciclo (fase lútea), a progesterona ficará dominante até sua produção cair às vésperas da sua menstruação.
    Com essas variações claras de hormônio, é possível criar um gráfico do ciclo.O estrogênio é um hormônio “frio”.A progesterona é “quente”.Antes da ovulação, quando o estrogênio é dominante no seu corpo, a temperatura é ligeiramente mais baixa do que após a ovulação, quando a progesterona está no comando. Diante destes fatos, o aumento da temperatura basal do corpo indica que você ovulou, pois após a ovulação o estrogênio diminui e a progesterona inicia.
    Como começar um gráfico?
    Seu gráfico de TB (Temperatura Basal) deve começar no primeiro dia do seu ciclo. É o primeiro dia de fluxo (não de borras, como já falamos). Se se sua menstruação chegar à noite, você pode iniciá-lo no dia seguinte.       
    Os gráficos de TB exigem pouco investimento financeiro. O único equipamento que você precisa é um termômetro confiável.Existem termômetros digitais feitos para medir temperatura basal, mas você pode usar um termômetro comum de mercúrio.Certifique-se que o termômetro que você está usando divide um grau em 10 risquinhos, pois as mudanças de temperatura significantes no seu gráfico podem ser muito pequenas.
    Você também vai precisar de um gráfico que mostra uma gama de temperaturas ao longo dos dias do seu ciclo. Se você acessa a internet todos os dias, pode usar alguns sites que geram os gráficos, onde é só você informar seus dados de ciclo e temperatura. O 28 dias em espanhol, e o Fertility Friend em inglês, o Mamanandco em português, são exemplos de sites que geram estes gráficos gratuitamente.
    O tipo de gráfico que você usa é apenas uma questão de preferência pessoal.Tudo o que importa é que você tenha um lugar para gravar seu diário da temperatura, de modo que você possa enxergar os padrões de variação da temperatura que ocorrerem durante o seu ciclo.
    A temperatura basal é a sua temperatura medida quando você acaba de acordar de manhã. Isso significa que você vai ter que tirar a temperatura antes de levantar, de fazer xixi, de beber água, de falar, ou qualquer outra coisa. Crie uma rotina de, assim que o seu despertador tocar, medir sua TB.
     Existem dois lugares que registram a temperatura o mais confiável possível: a boca e a vagina. Para medir, coloque o termômetro embaixo da língua ou na vagina, e não fique se mexendo, fique paradinha por uns 4 minutos. Se você dorme com a boca aberta, meça sua TB via vaginal, para não ter alterações em seu gráfico.
    A temperatura deve ser tirada no mesmo horário todos os dias. Se durante a semana, você levanta às 6:30, deverá tirar a temperatura neste horário, e significa que deve também tirar às 6h30 nos finais de semana.
     A partir disso é só tirar as temperaturas todas as manhãs e marcar no gráfico.Tipicamente, as temperaturas pré-ovulatórias vão oscilar entre 36 e 36.6, embora exista uma grande variedade de temperaturas “normais”para esse período, não existe regra fixa.
    Então, num belo dia, você vai notar que sua temperatura está mais elevada do que tem sido nos dias anteriores.A regra geral é que se você já ovulou, seu gráfico vai acusar que sua temperatura subiu cerca de 0.4 graus, e permanecerá elevada durante pelo menos 3 dias consecutivos. Em geral, temperaturas pós-ovulatórias variam de 36.8 para cima.

    Como checo meus sinais de fertilidade?
    Os primeiros sinais de fertilidade são o muco cervical e sua TB. Esses são os mais comumente checados quando se está acompanhado sua fertilidae. Outros sinais que podem sinalizar seu status de fertilidade são: posição do colo do útero, kits de predição de ovulação e monitores de fertilidade. Estes são considerados sinais secundários e são úteis para cruzar os dados com os sinais primários, mas não são essenciais.

    Muco cervical
    O muco cervical é produzido pelo seu colo do útero conforme a ovulação se aproxima, devido ao aumento do estrogênio. Ele flui do colo até a vagina, onde pode ser facilmente observado. O muco varia conforme o ciclo, aumentando em quantidade e se tornando mais limpo e elástico a medida que a ovulação se aproxima. Notar e anotar essas mudanças lhe ajudarão a escolher o melhor tempo para treinar e reconhecer seu padrão de fertilidade.
    Comumente, o muco começa depois do seu período e então se torna pegajoso, e então cremoso e depois aquoso, tornando-se "clara de ovo" quando a ovulação se aproxima. Você pode ter vários tipos de muco num só dia. Sempre grave o muco mais fértil para ter certeza que não perca o dia mais fértil potencialmente.

    Como checar o muco externamente
    Evite checá-lo imediatamente antes ou após a relação, pois os fluidos seminais podem atrapalhar suas observações. O melhor modo de checar seu muco é quando vai ao banheiro. Depois de usar o papel higiênico, você pode se limpar uma segunda vez e verificar se saiu algo no papel. Você também pode usar seus dedos limpos (lave a mão antes para evitar levar sujeira externa para suas partes íntimas) e também em sua calcinha.

    Coisas para observar quando verificar seu muco
    - Você sente sua vagina seca ou úmida?
    - Tem algum fluido no papel higiênico?
    - Como ele se parece?
    - Que cor tem?
    - Sua consistência?
    - Quanto tem?
    - Como ele se parece (pegajoso, etc)?
    - Posso estica-lo entre meus dedos?
    Se está tendo algum problema em encontrar seu muco, fazer exercícios "kegel" (tensionando e relaxando os músculos para controlar o fluxo da urina) ajuda a impulsionar o muco através da vagina e torna a observação mais fácil. (Evite fazer tais exercícios após a relação, pois isso pode expulsar o sêmen do colo, onde é justamente onde você quer que eles fiquem.
    Para anotar seu muco em seu gráfico, sempre escolha aquele mais fértil, por exemplo se seu muco estiver entre cremoso e clara de ovo, sempre escolha clara de ovo.
    - Seco: Sem muco; fora da vagina você se sente seca. Você pode ver dias secos tanto antes quanto após a ovulação.
    - Pegajoso: Se parece com um chiclete, grosso ou esfarelado, se quebrando facilmente ao estica-lo. Geralmente é amarelado ou branco, mas também pode ser esbranquiçado/limpo. Pode ser observado tanto antes quanto após a ovulação.
    - Cremoso: Se parece com um hidratante, branco ou amarelo ou esbranquiçado/limpo, como leite ou creme, maionese ou uma solução de farinha com água. Estica-se pouco mas não muito, se quebra facilmente.
    - Aquoso: Lembra água. Mas também pode esticar. É considerado fértil e pode ser seu muco mais fértil. Você pode verificá-lo antes do muco clara de ovo ou você não terá este muco.
    - Clara de ovo: É o muco mais fértil. Pode-se esticá-lo entre os dedos e é transparente, podendo ser tingido com branco ou rosado. Lembra sêmen (e tem as mesmas propriedades para permitir que o esperma sobreviva).
    - Manchado: Anote-o quando encontrar manchas vermelhas ou marrons em sua calcinha ou no papel higiênico. Não requer absorvente. Vc pode percebê-lo antes ou depois da menstruação, na ovulação ou na implantação (se estiver grávida). Não inicie um novo ciclo até que obtenha fluxo normal de menstruação.

    Fatores que podem influenciar na qualidade ou na quantidade de muco cervical que vc produz e pode impactar em seu gráfico. São eles:
    - Medicamentos (anti-histaminicos e diuréticos)
    - Medicamentos para fertilidade, como clomid (pergunte ao seu médico)
    - tranqüilizante
    - antibióticos
    - expectorantes (pergunte ao seu médico)
    - drogas (pergunte ao seu médico)
    - vitaminas
    - infecção vaginal ou doença sexualmente transmissível (pergunte ao seu médico)
    - doença
    - ovulação tardia
    - ducha vaginal (não recomendado a menos que sob prescrição médica)
    - sobrepeso
    - resíduos seminais
    - lubrificantes (não recomendado, pois podem matar o esperma)
    - amamentação
    - função ovariana diminuída
    - quando se terminou de tomar pílulas anticoncepcionais.
    Se você notar qualquer coisa que lhe preocupe sobre seu muco (se tem cheiro ou causa desconforto, etc) avise seu médico.

    Temperatura Basal
    Sua TB é um sinal crítico, pois é o único sinal que lhe dirá se você ovulou ou não. É também o único sinal que lhe ajudará a marcar quando ovulou (ou pelo menos com pouco erro). Todos os outros sinais lhe indicarão que a ovulação se aproxima. Anotar sua TB e fazer o gráfico lhe mostrará de quanto tempo é sua fase lútea, assim você saberá quando deve fazer um teste de gravidez, quando você pode estar grávida e se ela é suficientemente longa para permitir uma gravidez.


    Algumas linhas importantes para seguir quando medir sua TB
    Seus dados de TB serão mais confiáveis se você seguir estas dicas. É essencial que use sempre o mesmo termômetro e que tome sua TB assim que acordar ao amanhecer. Entende-se que às vezes é difícil seguir tais dicas, mas fazer a maioria torna o gráfico um pouco mais confiável.
    1. Tome sua TB e a hora que a marcou antes de levantar ao amanhecer já que qualquer atividade pode aumentá-la.
    2. Se usa Termômetro de mercúrio, abaixe-o na noite anterior.
    3. Meça sua TB no mesmo horário toda manhã
    4. Meça sua TB após pelo menos 3h consecutivas de sono.
    5. Mantenha seu termômetro perto de sua cama, para que não se levante para pega-lo
    6. Use o mesmo termômetro. Se ele se quebrar ou a bateria acabar e você usar um novo, anote em seu gráfico.
    7. Mantenha um termômetro substituto em caso de quebra do outro.
    8. A temperatura pode ser medida oral ou vaginalmente, mas devem ser tomadas no mesmo lugar todos os dias do ciclo, uma vez que a temperatura de diferentes partes do corpo pode variar. A maioria das mulheres prefere tomar a temperatura oralmente e está ok, e algumas mulheres acham que medir vaginalmente tem leitura mais clara.
    9. Anote sua TB o quanto antes.
    10. Se usa aquecedor ou cobertor elétrico, mantenha-o no mesmo lugar durante todo o ciclo. Tome nota de seu uso.
    11. Sempre que sair do padrão (levantou antes, etc) anote em seu gráfico.

    Fatores que influenciam sua TB
    - Febre
    - Doença ou infecções (mesmo aquelas que não produzem febre)
    - Resfriado e dores de garganta
    - Drogas e medicações
    - Álcool
    - Fumo
    - Estresse emocional e físico
    - Excitamento
    - Distúrbios de sono (insônia, sonambulismo, etc)
    - Mudança na hora do despertar
    - Jet lag
    - Viagem
    - Mudança de clima
    - Uso de coberto elétrico
    - Mudança da temperatura do quarto
    - Descontinuidade das pílulas Anticoncepcionais
    - Amamentação

    Tempos diferentes de despertar
    Uma ou duas temperaturas tomadas em tempos diferentes durante seu ciclo não terão muito impacto em seu gráfico, especialmente se não estiver perto do dia da ovulação. Normalmente não há necessidade de ajustar a temperatura. Mais de duas medidas em horas diferentes, entretanto, podem afetar a interpretação de seu gráfico. Para lhe ajudar ajuste um alarme para checar sua TB todo dia no mesmo horário. Você pode tirar sua TB e voltar a dormir. Seu termômetro marcará a leitura até que você tenha tempo de anotá-la.

    Despertar de madrugada
    Se você precisa se levantar á noite (ir ao banheiro, amamentar, ...), tome sua TB no horário mais próximo aquele que você acordar geralmente e escolha a hora na qual você tenha dormido mais tempo. Por exemplo, se seu filho acorda todo dia às 06 am, tome sua TB, mesmo que volte a dormir. Evite tomar a Tb durante a noite, mesmo que se levante sempre naquele horário. TB medidas logo pela manhã mostram um gráfico bifásico mais claro e o tempo será mais previsível.

    Leituras múltiplas de temperatura
    Medir a TB mais de uma vez pode causar confusão desnecessária. Recomenda-se que você meça apenas uma vez. Se você acordar no meio da noite ou mais cedo que o comum e sabe que voltará a dormir, resista a tentação de medir sua TB. Se medir sua TB duas vezes, escolha aquela mais próxima do seu horário tradicional. Mas só faça isso se você não tiver certeza que voltará a dormir.

    Trabalho em escala
    Não é impossível medir sua TB se você trabalha em turnos, mas será mais desafiador. Tome sua TB na mesma que acorda quando pode dormir por mais tempo. Seja tão consistente quanto puder. Nos seus dias de folga, meça sua TB depois de acordar, mesmo se for numa hora diferente. Anote a TB e a hora. Você pode medir sua TB a tarde antes de ir trabalhar se for sua hora de acordar e se for quando você dormiu por mais tempo. Não se pode medir a Tb quando você já está desperta e ativa.

    Viagem
    Se você viajar em sua própria zona de tempo (sem mudar a hora), meça do mesmo modo que em casa. Você pode notar uma flutuação leve se o clima for mais frio ou quente), mas não terá um grande impacto em seu gráfico. Anote quando você viajou para poder explicar essa flutuação. Se estiver viajando para outra zona de tempo, a variação está limitada no dia da viagem e no posterior. Continue medindo como antes de viajar, usando o horário de sua casa. Recomenda-se não ajustar quaisquer TBs, mas sempre anote as circunstâncias. A menos que esteja viajando justamente na época da ovulação, você estará apta a discernir seu padrão. Quando sua TB é menos confiável devido tais circunstâncias, preste mais atenção aos outros sinais de fertilidade.

    Horário de Verão
    O efeito está restrito ao dia da mudança, geralmente, pois você se ajusta rapidamente. Ainda, o efeito  depende de seu próprio metabolismo. Algumas não haverão mudanças, outras uma ligeira (subida ou descida). Recomenda-se medir sempre no mesmo horário, mesmo com o horario de verão. Se media as 6 am antes, meça 6 am depois.

    Temperaturas Erráticas
    Se suas TBs são erráticas, a primeira coisa que deve rever são as dicas de medir a TB. Se estiver seguindo as dicas e ainda assim suas TBs são erráticas, a primeira coisa que deve fazer é rever seus dados para ver o que pode estar causando tal variação. Você pode mudar de termômetro ou trocar sua bateria. Se em vários ciclos mantiver este padrão, e estiver fazendo tudo certinho, e você não é capaz de identificar sua ovulação, deve conversar com seu médico.

    TB constante
    Se suas TBs estão sempre no mesmo nível, o culpado geralmente é o termômetro. Se estiver seguindo todas as dicas, medindo sempre no mesmo horário, sempre haverá uma flutuação. A primeira coisa que deve fazer é mudar de termômetro. Se mesmo assim, continuar o mesmo comportamento você deve conversar com seu médico após alguns ciclos.

    Usando a TB para os treinos
    Na hora que há o aumento em sua TB, você provavelmente já ovulou e pode ser tarde para ter relações com propósito de concepção. Se deve ter relações até ter certeza da ovulação, que é confirmada pela subida da temperatura. Você pode prever sua ovulação, no entanto, baseando-se nos seus ciclos anteriores e com outros sinais de fertilidade.

    Mudanças na posição e na firmeza do colo do útero
    Essa observação é secundária e opcional.
    Isto pode tomar alguns ciclos para notar a diferença no colo. Uma boa idéia é checar quando você sabe que está fértil como indicado pelo muco e novamente quando não estiver fértil (como indicado pelo aquecimento durante sua fase lútea). Com esta correlação, você sentirá mais fácil as diferenças entre tempos férteis e inférteis.
    Quando a ovulação se aproxima, seu colo estará alto e mole (você pode notá-lo aberto também). Quando não estiver fértil, ele estará baixo, firme e fechado. Se você não se sente confortável checar seu colo ou suas mudanças, mas você consegue observar o muco facilmente, checar o colo não é essencial.
    Algumas dicas se você decidir por este método:
    1. evite uma possível infecção, sempre lavando bem as mãos antes de checar o colo.
    2. cheque o colo uma vez ao dia após a menstruação. Você só precisa checar uma vez ao dia, diferentemente do muco que precisa ser verificado varias vezes ao dia.
    3. cheque seu colo no mesmo horário todo dia
    4. cheque sempre na mesma posição todo dia
    5. agache ou coloque um pé num apoio (vaso sanitário, por exemplo)
    6. relaxe
    7. insira um ou dois dedos na vagina. No fundo você deverá sentir o colo. Se aplicar leve pressão com os dedos, notará que é mais suave, esférico e firme que os tecidos vaginais em volta.
    8. sinta o colo e faça as seguintes observações:
    a. está alto ou baixo?
    b. mole ou firme?
    c. aberto ou fechado?
    d. úmido ou seco?
    e. sente alguma ferida ou inchaço? (se sim, procure seu médico).
    9. anote suas observações.

    Mudanças do colo
    1. Posição:
    a. Baixo: Posição menos fértil. É fácil de alcançar e sentir o colo,
    b. Médio
    c. Alto: Posição mais fértil. Note que sentirá mais úmido. Será mais difícil alcança-lo.
    2. Firmeza
    a. Firme: Seu colo também estará mais baixo e será fácil alcança-lo.
    b. Médio
    c. Mole: Será mais difícil alcança-lo. É a textura mais fértil.
    3. Abertura. Nem todas conseguem reconhecer. Mulheres que já tiveram filhos terão o colo ligeiramente mais aberto do que as que não tiveram.
    a. Fechado
    b. Médio
    c. Aberto

    Aparelhos e testes de fertilidade
    Está aumentando o número de produtos para indicação de possível fertilidade. Eles se baseiam em mudanças em hormônios que pode ser detectados pela urina ou saliva. Quando usar um desses kits, o mais importante é ler o manual deles. Esses kits podem trazer pistas adicionais e secundarias sobre seu status de fertilidade que pode complementar suas observações a partir de dados primários. Você pode acha-los especialmente uteis se tiver ciclos irregulares, ciclos anovulatórios, ou se acha que não sabe fazer uma leitura correta de seu muco e sua TB. Na maioria dos caso, tais kits não são essenciais, mas você pode usar a informação para fazer análise comparativa.


    Outros sinais de fertilidade
    Dor de ovulação

    Também conhecida como mittelschmertz, que significa “dor no meio”; se refere a dor que você pode sentir próximo ao seu abdômen ou ovário na hora da ovulação. Pode não acontecer na mesma hora que o ovulo for expelido e nem todas sentem. Outras dores são comumente confundidas com esta. Você pode anota-la mesmo que tenha dúvida. Quando estiver mais antenada com seus próprios sinais será fácil reconhecer a dor, se a tem. Algumas nunca notaram essa dor antes de começar a anotar suas mudanças.

    Aumento no desejo sexual
    Você pode notar que seu desejo sexual é cíclico. Sua libido pode ser mais alta quando estiver próximo a ovulação, pode ser útil anota-lo.

    Manchados de ovulação
    Algumas mulheres notam um pequeno sangramento na hora da ovulação. É raro, mas Também pode-se notar o muco levemente rosado ou com sangue. Se for muito e durar mais que um dia, você deve conversar com seu médico.

    Seios macios

    Seus próprios sinais


    Fazendo o gráfico com SOP – Síndrome dos Ovários Policísticos
    SOP é uma condição hormonal que impacta na sua fertilidade. Mulheres com SOP secretam níveis maiores que os normais de andrógenos (hormônios masculinos) que podem causar cistos que se desenvolvem nos ovários (daí seu nome). Mulheres com SOP pode ter períodos irregulares, não tê-los, ciclos longos ou sangramento excessivo durante os períodos menstruais.
    Fazer o gráfico de sua fertilidade quando você tem SOP pode ser desafiador, pois seus ciclos podem ser extremamente imprevisíveis. Adicionalmente, se você está sendo medicada, você pode estar tomando remédios que podem afetar seu ciclo e sinais de fertilidade.
    Mesmo que fazer seu gráfico possa ser desafiador, fazer o gráfico dos seus sinais de fertilidade pode fazer uma enorme diferença em seus projetos de gravidez desde que você esta apta a identificar mais claramente quando e se você ovulou e poderá estar apta a dar um tempo nas tentativas (sem se preocupar de perder a chance), uma vez que você verá no seu gráfico que a ovulação foi confirmada.
    Os desafios mais freqüentes para mulheres com SOP são aqueles ciclos que são longos, com temperaturas erráticas (variam muito), e você pode observar alguns remendos de aparentemente muco cervical fértil antes que a ovulação seja confirmada. Para evitar perder a chance de conceber, recomendamos o seguinte:
    - Usar múltiplos sinais (pelo menos muco cervical e temperatura) para confirmar ovulação.
    - Considerar todo muco tipo clara de ovo e aquoso como possivelmente fértil.
    Tenha certeza que a subida de sua temperatura é claro e estável por alguns dias antes de considerar que a ovulação passou.
     











    Calculando o Período Fértil


    Primeira lição de casa da treinante, se você souber a época do ciclo em que ocorrerá seu período fértil, suas chances de concepção serão bem maiores. Hoje em dia além da famosa Tabelinha, a qual explicaremos o cálculo abaixo, existem diversos testes de fertilidade parecidos com os que compramos em farmácias para detectar gravidez, além de outros controles como Temperatura Basal que explicarei em outro tópico, e existem também os controles de ovulação por Ultrassonografia que os médicos costumam pedir para analisar a normalidade da ovulação da mulher. A Tabelinha é o método mais utilizado desde a época da vovó.
    Tabelinha é um método baseado em cálculos sobre a possibilidade de a mulher engravidar em diferentes épocas do ciclo menstrual.
    Teoricamente a mulher é fértil no meio do seu ciclo. Ou seja, nos ciclos mais comuns de 28 a 30 dias, a fertilidade máxima seria entre o 12° 13º 14º e 15º dia, contando o primeiro dia da menstruação como dia 1º. Os médicos costumam dizer o 1º dia do ciclo não é o da borra, aquela sujeirinha que sai quando está chegando a menstruação, mas sim o 1º dia do ciclo é o dia que vem sangue vivo.
    Em primeiro lugar devemos observar a duração de nosso ciclo menstrual, e só à partir daí podemos calcular nosso Período Fértil mais fidedigno ao real. Usando a fórmula abaixo fica mais fácil o cálculo:

    X (nº de dias que duram o ciclo) - 14 = Dia da ovulação

    ou seja, se seu ciclo normal é de 33 dias, 33-14 = 19º Dia do ciclo será sua provável ovulação.

    Portando seu período Fértil será entre o 16º Dia do ciclo e o 22º Dia do ciclo, ou seja, 3 dias antes e 3 dias depois da ovulação.

    Esse cálculo é mais preciso para mulheres que possuem ciclos regulares. Existem disfunções hormonais entre outras que podem alterar esse processo, além da própria ansiedade, a qual já sitamos que pode alterar o ciclo normal de ovulação, mas sobre isso falarei mais adiante. Mas vai uma dica, treinar o ciclo todo é mais garantido e provoca bem menos stress, pois a mulher que sabe seu Período Fértil tende a ficar neurótica e atacar os maridos apenas nessa época, e como eu disse, homem não funciona sobre pressão.

    Medos e Ansiedades !

    Quero ser mãe, e agora?

    Neste momento se passam várias coisas em nossa cabecinha de treinante.
    Será que é a hora certa? Será que vou dar conta? Vai demorar muito?
    Pare agorinha mesmo com tantas perguntas, você está começando tudo errado, essa não é hora mais de você pensar, se não, vão começar a aparecer as primeiras dificuldades pra você.
    A ansiedade é a maior inimiga que uma aspirante a treinante encontra pelo caminho, ela altera o sistema hormonal do corpo da mulher e faz com que o cérebro passe a produzir substâncias capazes de bloquear as funções reprodutivas e até mesmo alterar a ovulação.
    Se achar necessário não saia contando a todos que está tentando engravidar, a pressão da família e dos amigos para a chegada do novo membro pode deixar você mais nervosa ainda. E uma dica, homens não trabalham sob pressão, então nada de brigar com o companheiro se ele não está afim de treinar e você está no seu período fértil, só vai criar situações constrangedoras e desnecessárias.
    Saiba desde já que as chances ocorrer uma gravidez em um ciclo menstrual são de 20%, isso mesmo, apenas míseros 20%, e os ginecologistas apenas começam a considerar uma mulher portadora de infertilidade após um ano de tentativas sem sucesso, isso mantendo relações sexuais com frequência de três vezes na semana, mas essa história conversaremos mais pra frente.
    Então prepare-se para ter muito pique, pois os treinos são bem intensos. E quando estiverem na fase dos treinos, esqueçam a finalidade deles, façam muito amor e com muito amor sem cobranças e propósitos a seguir.

    Apresentação

    Sejam Bem Vindas !!!




     Sou treinante como a maioria de vocês, e como muitas, encontrei várias dificuldades ao iniciar minha Maternidade. Iniciar, sim, pois a Maternidade tem início à partir do dia em que decidimos que estamos prontas para sermos Mães. Algumas felizardas, com a Glória de Deus,  não precisam passar por obstáculos a chegar ao seu destino, mas dificuldades existem, para muitas. Quando iniciei essa trajetória tinha fé que faria parte da pequena porcentagem que sairia desse maravilhoso trajeto sem nenhuma lesão. Como me enganei. Conheci dificuldades que não imaginava nem que existiam, e por esse motivo a Missão desse Blog é trazer informações e esclarecimento para quem está passando por estas. Tive em meu longo percurso muita dificuldade para achar informações sobre os problemas que passei e me permito assim, trazê-las a vocês, em um único lugarzinho, bem especial e aconchegante onde possamos além de aprender, trocar informações, alegrias, tristezas e milagres...